(1989 palavras)
PASSEI A noite conversando com meu pai sobre como vamos fazer, sem os salgados do Giovanni. Fora que temos uma nova grande encomenda, o conselho que ele me deu, foi fazer durante a madrugada, um pouco de cada vez, os salgados, já que não estaríamos usando os fornos da padaria, nem da lanchonete, mas pra isso, o Giovanni teria que trabalhar durante a madrugada. Então, preciso conversar com ele, até porque temos que fazer os salgados e deixar todos guardados na minha sala de refrigeração.
Quando fui me deitar fiquei lembrando do tamanho do mico que paguei na casa dele, realmente, a irmã dele é linda demais e isso me deixa completamente sem foco.
No outro dia, levantei cedo, não tão cedo como o meu pai, já que as padarias dele abrem em torno das 6:00, então ele precisa estar cedo lá junto com os padeiros e ajudantes, quando as padarias abrem, ele faz uma horinha lá e vem pra casa descansar, voltando um pouco mais tarde.
Tomei um banho, pra ficar bem cheiroso, não quero correr o risco de ver a Sakura e estar fedido, já que não controlo meu corpo, nem minha boca quando ela tá perto, imaginem se começo a suar como um porco, o que eu faço? Melhor ir bem cheirosinho.
Tomei banho, tirei os fios ralos que haviam no meu queixo e buço, eu poderia dizer que era uma barba e um bigode, poderia, mas eram tão pouquinhos que seria vergonhoso eu dizer que tenho barba e bigode. Escovei os dentes, passei pós barba, um pouco de pomada no cabelo, penteie e parti de lado como eu gosto, passei desodorante antitranspirante e me vesti. Depois, calcei os meus tênis preto que me deixa mais confortável e voltei ao banheiro passando um pouco de perfume e fui tomar o meu café para depois ir até a casa dos... como é mesmo o sobrenome do Giovanni?
— Nossa, pra onde vai assim todo arrumado?
— Não tô arrumado, só tomei banho, acho que o dia vai ser longo.
— Acho que ele tá arrumado assim para encontrar a Joana, ela saiu do convento e acho que nosso filho tá querendo conquistar o coração dela.
— Pai! Nada a ver, não é nada disso. Eu vou lá conversar com ele... quer dizer, com ela, sobre a encomenda e a possibilidade dela fazer os salgados à noite. Agora a questão vai ser, antes tinha a irmã Celeste e a Laura que ajudavam, agora quem vai ajudar?
— Você - responderam os meus pais.
— Eu não sei fazer salgados, talvez só pão e pizza, no máximo um bolo salgado.
— Ao menos sabe fazer doces, mas filho, acho que tá mais do que na hora de você aprender, já que você vai tomar conta das padarias e sua lanchonete - disse meu pai.
— Ainda me resta muito tempo...
Bom, como eu sou idiota, fiz bobagem, antes de sair de casa, olhei se havia dinheiro na minha carteira, peguei mais um pouco e coloquei nela, peguei a chave do carro e da lanchonete e fui para lá.
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𝕾ob o Véu
RomanceTrancado desde os seus 13 anos e não por seu desejo ou amor, mas por obrigação e para salvar sua vida e de quem ama. Seu maior desejo é sair de lá e viver uma vida normal como os jovens de sua idade. Porém, sabe que é muito arriscado e não quer co...