第10章 (Cap.10)

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IRMÃ MARIA me acordou exatamente às 18:00, o Felipe virá me buscar às 19:00, o casamento vai acontecer nesse ínterim e a festa está marcada para iniciar às 20:30 mais ou menos. Eu sei que a diferença entre um salão de festas em uma cidade pequena e um em uma cidade grande é o tempo. Aqui o povo se diverte, e soube que os noivos fecharam o salão pelo restante da noite, o que indica que a festa tem hora pra começar, mas não terá para acabar.

Fui tomar um bom banho, pois ainda cheirava a óleo, lavei meus cabelos e quando voltei para a cela, tinha gente demais dentro dela, achei que estavam preparando uma procissão.

— Ok, por que tem tanta gente aqui? Morreu alguém?

— Viemos ajudar você - disse Bianca. Devo confiar? Já percebi que ela tem uma queda tipo desfiladeiro pelo Felipe, e vá que a doida resolva me sabotar?

— A única que eu quero que fique é a irmã Maria, de resto, quero todas fora daqui!

— Nossa Joana, só queríamos ajudar - disse Bianca.

— A cela é pequena e muito ajuda quem não atrapalha.

— Ok, meninas, saiam todas. Podem deixar que eu cuido da nossa querida Joana.

Todas passaram por mim e notei um secador de cabelo na cama que é da Laura, meu vestido, produtos para o cabelo, elásticos, presilhas, brincos, colares, pulseiras e Jesus, o que é isso? Maquiagem? Pai eterno, não, de jeito nenhum, eu não vou pintar a minha cara!

Irmã Maria me ajudou a colocar o vestido e ajeitar para que ficasse legal e não que eu parecesse um embrulho de natal, depois, me mandou sentar e secou o meu cabelo.

— Joana, você não vai colocar o véu, não é?

— Seria ideal...

— Joana, não tem nenhum véu que combine com seu vestido. E se você não quer chamar a atenção, melhor não colocar véu. Vou fazer uma bela trança em seu lindo cabelo.

E assim ela fez. Me livrei de usar brincos, já que minhas orelhas não são furadas, ela queria que eu colocasse um colar, que pelo aspecto parecia da avó dela, mas eu recusei.

— Irmã, sem ofensas, eu quero algo que não chame atenção. Eu quero entrar e sair daquela festa como se fosse uma formiga... sem ninguém me notar. E esse colar chama atenção de um morcego na cidade vizinha.

Ela riu e pegou uma correntinha com uma medalhinha de Santo Antônio, era em ouro, muito bonita. Essa correntinha era minha, eu entrei aqui usando ela, mas como não saía pra lugar nenhum, parei de usar. Virei de costas e ela colocou a mesma em meu pescoço.

— Sua pele é tão branca e delicada que qualquer coisa ressai em você.

— Irmã Maria, vamos ser sinceros... eu estou tão branco que uma folha de papel sulfite teria inveja de mim.

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