Capítulo 10

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MIA ALBUQUERQUE

Ele parou a moto de frente para uma padaria, era simples, havia só três mesas do lado de dentro e do lado de fora. Desci da moto e esperei Barão descer.

— o que eu falei pra tu ontem? — perguntou ele subida o degrau da padaria e eu logo fui atrás.

— não lembro, você disse tanta coisa — ele se sentou em uma mesa do lado de dentro e eu sento também.

— o que eu disse da roupa?

— fala sério, nem está de noite! E mesmo assim, você não tem o direito em mandar nas minhas roupas.

— tu... — Barão não terminar de falar assim que atendente aparece.

— o que vai querer? — perguntar ela diretamente para Barão.

"Como só tivesse ele aqui"

teria algo light ou sem açúcar aí? — perguntou barão.

— temos Tapioca, os adicionais vai de sua preferência — disse a moça sorrindo para ele.

Reviro os olhos com a cena ridícula e cruzo os braços me esperando na cadeira.

"Palhaçada!"

o que vai querer colocar na tapioca? — ele perguntou me encarando, ignoro ele e o próprio suspirou — Mia, te fiz uma pergunta porra!

— ai minha santinha!!! Banana com ovos mexidos. — digo sem olhar pra moça.

— o quer de beber? — perguntou Barão.

— suco de maracujá.

— certo. Então vai ser uma tapioca com ovos mexidos é um suco de maracujá, e pode colocar na minha conta. — disse Barão para a moça.

— daqui a pouco irei trazer seu pedido — ela saiu piscando pra ele e rebolando sua bunda.

— biscatezinha — digo ainda de braços cruzados — oferecida. Você não vai tomar café da manhã não?

— já tomei e não faça perguntas de mais.

Meu celular apita chegando mensagem, tiro ele do bolso e vejo várias mensagem de Paul.

📱

P- como está indo suas aulas no curso? Vi que você terá duas semanas sem aula, estava pensando em ir aí te visitar.
P- estou morrendo de saudades meu amor!!
P- ontem teve uma reunião de família, faltou só você aqui conosco. Minha mãe estava planejando marca o casamento em julho, quando voltasse. 23 de julho.
P- não é maravilhoso? Finalmente você será minha!

M- oii, Paul! Também sinto muitas saudades de Londres e de minha família.
M- eu sinto muito, não terá como você vir me visitar. Fiz amizades aqui e vamos acampar na floresta, por duas semanas, não sei bem, parece que uma amiga minha tem uma casa no lago e até chega nesta casa demore um pouco.
M- bom, a gente se vê em julho!

📱❌

— o que foi que está com essa cara? — perguntou Barão.

— não é nada. — guardo o celular.

Eu nunca quis ser de Paul. Nunca aceitei essa ideia de me casar com ele. Esse casamento foi planejado no momento em que nasci, ou seja, a única pessoa que devo me entregar seria apenas Paul e até hoje nunca me entreguei pra ninguém, muito menos para Paul e tomara que...

— aqui seu pedido, Barão — a mulher se curvou e empinou sua bunda quase na cara dele. Como se tivesse se sensualizando pra ele. — se precisar de algo a mais é só me chamar — ela sorriu pra ele.

"Ah que ódio!!!!"

Sem dizer nada eu começo a comer. Pra falar a verdade está uma delícia, a tapioca está bem fofinha, tudo no ponto.

— quer um pedaço? — ofereci pra ele, sem dizer nada ele deu uma mordida bem grande — seu morto de fome, eu falei um pedaço e não um pedação!!

— agiliza aí Mia, eu tenho hora! — falou de boca cheia e tomou um gole do meu suco.

— não me apressa, se quiser já pode ir.

Barão não se levantou e permaneceu em seu lugar, a padaria começou a chegar mais e cliente. Assim que acabei de comer, barão me deixou em casa.

— tá. Obrigado. — desço da moto e entrego o capacete pra ele. 

— não se acostuma, não é todo dia que estou bonzinho, ainda mais contigo.

— falta se esforçar mais.

Barão não disse nada e ligou a morto, ele me olhou e disse algo incompreensível e saiu voando com a moto.

— que?

BARÃO

Chego na boca, estaciono a moto e tiro o capacete. Tiro a chave da ignição e pego o capacete da Mia, entro na boca sem falar com ninguém e fui direto pra minha sala. Assim que abrir a porta vejo Isadora nua no meu sofá de couro.

— que caralho tu faz aqui Isadora? — pergunto já perdendo a paciência.

— que tal uma rapidinha antes de começar o dia? — ela se levantou e veio até eu, ela envolveu seus braços no meu pescoço para nos aproximar mais.

— se vista e vaza daqui. — saio do braços dela e vou até o sofá onde está as roupas dela, apanho e entrego a ela.

— tu só poda está de brincadeira com a minha cara, né Barão? É, claro! Eu passei de frente pra padaria e te vi com aquela magricela. Olha, eu não acho que ela vai dar o prazer que merece. Até porque a única capaz de fazer você sentir prazer de verdade sou eu.

Nisso ela está certa! Eu posso transar com todas do morro, mas Isadora é a única delas capaz de me deixar com prazer, não é aquele prazer todo, mas é um prazer.

Mas não sei. Esses últimos dias, meu corpo reagiu de forma diferente com a presença da Mia. Hoje, tive que segura a ereção várias vezes e ontem também. Ela mexe comigo.

— vaza daqui Isadora, se não eu mesmo te tiro daqui do jeito que está.

Isadora se irritou e vestiu sua roupa e saiu como furacão da minha sala. Me escuro na mesa e fecho os olhos.

— inferno... — passo os dedos dentro do cabelo e solto um suspiro.

Sou a volta na mesa e começo a trabalhar, pego uma ficha onde havia os nomes de uns cara que estava me devendo e o endereço. Hoje era dia de cobra-lós e eu mesmo vou fazer isso.

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