Capítulo 11

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BARÃO

Estacionei a moto, tiro a chave da ignição, desço da moto e tiro o capacete colocando em cima da moto. Tiro a arma da cintura e bato na porta do cara, mas ninguém atendeu.

— EU VOU CONTAR ATÉ 3, SE NINGUÉM ABRIR A PORRA DESSA PORRA EU MESMO VOU ABRI-LA E SERÁ A FORÇA!! — esperei uns minutos mas ninguém abriu, não contei até três e sei um chute na porta fazendo ela cair no chão.

Destravei a arma e fui entrando, a casa estava um lixão, toda escura e fechada. Procurei a tomada e assentir a luz, logo avisto dois caras no canto da parede sentado no chão todo drogado.

— cadê a porra da minha grana, seus merdas? — aponto a arma pra eles.

Nenhum deles estavam em condições de falaram algo, olhei para o chão e só tinha drogas jogadas. Um deles com muito esforço disse.

— a gente não tem grana nenhuma pra te dar, barão, nem agora e nem nunca!

— ah não? Dinheiro pra compra drogas vocês tem né caralho. Foda-se. Eu quero a porra da minha grana.

— espera até o mês que vem, até lá a gente consegue a grana pra te pagar — disse o outro.

— vou esperar porra nenhuma! — digo perdendo a paciência e atirando no meio da testa de cada um — se não paga. Morre!

Coloco a arma na cintura e saio pro lado de fora onde já estava a multidão para saber o que houve e logo avisto Mia no meio deles, ela me vê e viro andando até eu com a cara espantada.

— que foi? — perguntei assim que ela já estava próxima a mim.

— escutei barulho de tiro, foram dois, aí vi essa gente toda aqui. O que houve?

— nada do seu interesse. E AGORA TODO MUNDO SE RECOLHENDO! — solto um grito e logo todos começaram a se recolherem de pressa.

— eles te obedecem mesmo, né — diz Mia olhando as pessoas.

— coisa que tu não faz — ando até a minha moto e escoro nela, Mia se aproximou novamente.

— é que eu não sou todo mundo — ela piscou  — estava aqui pensando, quando escutei os tiros... o que houve com os caras de ontem?

— pra que tu quer saber?

— você disse que o dar um fim nisso. Ontem.

— então. Qual a dúvida?

MIA ALBUQUERQUE

"Ele os matou mesmo!"

você está tão tranquilo pra ter cometido isso. Como...

— Mia... — ele soltou um suspiro forte — vá pra casa vai — ele montou em sua moto, colocou o capacete e saiu cantando pneu.

— babacão.

[...]

Hoje eu não falei muito com as meninas. Sofia anda muito ocupada na loja da mãe, Mel é uma preguiçosa que só sabe dormir e olha que hoje é segunda. E eu. Bom, eu também estou deitada.

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