Capítulo 50

175 16 2
                                    

BARÃO

Eu acordei era 07:30, Mia ainda estava dormindo. Mandei mensagem para as meninas virem pro hospital pra mim ir poder ir pro morro. Quando elas chegaram era 08:40, e Mia ainda continuava a dormir.

— como foi a noite aqui? — perguntou Mel.

— tranquilo. Ela dormiu a noite toda, achei que ia sentir alguma contrações mas nada. Bati uma papo com um das doutoras ai e disseram que corre risco de fazer cesária. Eu fico meio perdido nesses bagulhos ai de cesária, contrações e tal.

— então vai indo lá, Matheus. Qualquer coisa vamos te avisando.

— fecho.

[...]

MEL RODRIGUES

— Barão ta fazendo papel de paizão. — disse Sofia.

— ontem eu tentei contar, conversar com ele e tudo mais, porém ele não queria muito.

— vá com calma. Ele já deve imaginar só deve está assustado — digo organizando o café da manhã de Mia. — acredito que Barão ficaria felizao com a ideia de ser Pai, e ser o pai que o pai dele não foi pra ele.

— a gente dormiu juntos — dou um sorriso — me sentir protegida com ele, pare... aaaiii — diz Mia botando a mão na barriga com força e gemendo de dor — tá doendoooo.

— Sofia, chama os médicos. Depressa — corri para ajudar Mia — respira Mia, respira fundo.

— não dá. — diz ela feira gritando e respirando fundo três vezes.

Logo os médicos chegaram.

— paciente entrando em trabalho de parto, depressa — gritou uma das médicas.

Sofia e eu fomos tirada de dentro do quarto, enquanto escutávamos os gritos alto de Mia.

[...]

— cara, já estamos aqui esperando já faz 08:00 horas e até agora nada — disse Sofia andando para lá e para cá.

— li que podia levar até 12 horas de parto.

— Meu Jesus! Não quero ficar grávida nunca, tu escutou os berro de Mia. Deus me livrai.

Logo uma das médicas apareceu apressadíssima com uma cara que tinha morrido alguém.

— tá tudo bem doutora? — perguntou Sofia.

— com a mãe está tudo bem! Mas o bebê, durante o parto perdeu uma quantidade de sangue.

— como assim? — perguntei preocupada.

— teve perda de sangue de um grande volume de sangue que ficou preso na placenta no momento do parto, algo que pode ocorrer se o recém-nascido for segurado acima do abdômen da mãe por muito tempo antes de o cordão umbilical ser pinçado.

— então está querendo dizer que... vocês seguraram o bebê acima do abdômen da Mia antes...

— sim....

— sim? Vocês são incompetente.. e o que estão esperando pra fazer a transfusão de sangue? — perguntei com raiva.

— a mãe não é compatível com o bebê, e não temos sangue O negativo aqui no hospital, precisamos que o...

— puta merda — disse Sofia passando a mão no rosto — qual a chance do pai ser compatível?

— grandes chances — falou a doutora.

— vou ligar — digo pegando o telefone e logo ligando pra Matheus.

Ligação

Mel- oi... precisamos de tu.
Barão- o que pega? Tu tá com uma voz mixuruca.
Mel- Mia entrou em trabalho de parto e...
Barão- e o que Mel? Desenrola porra. Solta logo de uma vez.
Mel- Pérola perdeu sangue, ela é O negativo, e tu também é!
Barão- e como tu sabe que sou O negativo ? E o Bosta do Paul?
Mel- Barao.... Não complica cara, vem logo fazer a transfusão de sangue porra.
Barão- eu não sei se posso doar sangue... a última vez que doei...
Mel- eu sei que tu tá já 4 meses sem beber e fumar, tu pode doar sangue.
Barão-. Eu tô envolvidão com uma parada, chama o tal Paul...
Mel- PAUL NAO É  O PAI! PORRA TU É O PAI DE PÉROLA, BARÃO!!!!!!
Barão- ...

Ligação

ele desligou. — digo colocando o celular no bolso.

— eai, será que ele vem? — perguntou Sofia.

— espero que sim, Mia vai me matar depois, mas não tinha outro jeito...

— o quando pai da criança chegar, pede passar na recepção e fazer a ficha — disse a doutora saindo entrando em uma sala.

Sofia e eu no sentamos e ficamos aguardando Barão chegar.  Minutos depois escutamos uma porta ser aberta com força, olhamos pro lado e lá estava Barão com uma cara nada boa, ele passou o olhar por toda a recepção até que nos encontrou. Imediatamente Sofia e eu levantamos depressa.

— as duas podem ir embora, e depois eu vou querer saber todo esse caralho. Se mandem daqui. — diz Barão todo furioso.

— precisa fazer a ficha primeiro. — disse Sofia e eu saio puxando ela.

BARÃO

Depois que me acalmei um pouco, fui até o balcão fazer a ficha pra doação. Coloquei todos os meu dado e me identifiquei como pai da pérola. Entreguei a ficha para a recepcionista e aguardei ser chamado. Minutos depois logo uma mulher ruiva aparece me chamando pedindo para acompanhá-la.

— senta nessa cadeira aqui, por favor!

Me sentei sem dizer nada, ela começou a fazer alguma perguntas para mim e fui respondendo todas. Logo ela começou a tirar o meu sangue.

[...]

Ainda era muita coisa pra poder assimilar. Tava puto com Mia por ter escondido esse tempo que eu era o pai. Mas também tô agoniado pra pode vê a minha filha, e saber como estava Mia. É um sentimento estranho, não sei o certo o que estou sentindo. Tá um mistura de raiva. Felicidade.

— está liberado, Matheus. — uma enfermeira aprecie recolhendo a bolsa de sangue.

— quando vou poder vê... — não completei a a frase.

— sua filha!... assim que terminamos a transfusão de sangue, ela estará liberada pra visita depois de 1 hora.

— valeu, e a mãe? Já pode receber visita?

— ah. Claro. Terceiro andar, no número 07.

— valeu aí mina — fui indo até o elevador e logo sinto minhas mãos soarem de nervosismos. — inferno.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora