Capítulo 30

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BARÃO

— tu quer um espetinho? — encarei ela.

— não — ela se levanta — vou atrás das meninas, eu sumi delas do nada — ela ia saindo mas eu levanto no pulo e puxo ela para mim.

— sossega aí vai, depois elas vem atrás de tu — pego uma cadeira e coloco ao lá da minha — senta.

Mia se sentou depois de alguns minutos em pé, ela olho para os dedos da mão e começo a mexer nas unhas. Logo passa dois caras ao lado de Mia olhando sorrindo pra ela, Mia não notou pois ainda estava concentrada nas unhas.

Encarei feio para eles e nenhum deles parou, provavelmente não eram do morro. Mia estava sentada de forma que mostrada quase toda sua bunda, além do short ser uma miniatura ela ainda sentava de forma que dava para vê tudo. Meu sangue estava fervendo de raiva, e cada olhada deles a minha vontade de matá-los crescia mais.

— inferno — digo já grilado e me levanto.

— você não vai fazer isso vai? — disse Mia.

— tu não sabe a vontade que eu tô de fazer isso porra.

— o que é bonito precisa ser mostrado e admirado, os caras tem um bom gosto. Deixa eles. — Mia se levantou e ficou na minha frente — se toda vez que eu sair é isso acontecer de você ficar batendo nos caras por me...

— então tente sair com roupas que tampa o teu corpo, tu ainda não ajuda porra, olha a forma que tu senta caralho.

— eu estava sentada normal como eu sempre sento, os caras que viram de mais.

— só não quero que ficam olhando para o que é meu pô.

— eu não sou sua.

— claro que é, sempre foi minha e sempre será. — abro outra latinha de cerveja.

— nunca fui e nunca vou ser.

— se tu tiver pensando que eu vou deixar tu ir embora pra ficar com aquele merda, tu tá muito enganada.

— como é que é? Você tá ficando louco? Eu não vou ficar aqui e muito menos com você. Acho isso muito engraçado sabia, que raiva de você! — ela saiu pisando fundo indo para dentro do bar.

Pego minha cerveja e vou atrás dela, avisto a própria entrando dentro do banheiro, apressei meus passos e a impedir de fechar a porta e logo eu entro fechando a porta.

— que foi? — ela perguntou com raiva.

— eu vou falar de novo pra tu entender uma vez por todas, carai — coloquei ela na parede — tu é minha, foda-se Paul e os outros, eu não tô nem aí se tu tem que volta pra ficar com ele — pego nas laterais do rosto dela — eu te quero porra!!

— não, não... é isso que eu acho engraçado, eu tenho que ser só sua, e quanto a você? — ela me olhou, fiquei algum segundo olhando pra ela, me aproximei mais do seus lábios.

— serei teu também pô — digo eu lasco um beijo nela. — não tô dizendo que te amo, tá ligado, mas tu é diferente pô, chegou aí e mudou as coisa.

— Matheus... — Mia fechou os olhos e colocou a mão na boca.

— que foi porra?

— eu...

Ela me empurrou para longe e vomitou no chão do banheiro.

— puta que pariu! — passo a mão no cabelo — tu tá bem? — me agachei e enrolei seu cabelo na minha mão.

— estou, acho que o café da manhã não me fez bem — ela se levantou e foi até pia e lavou a boca.

— quer que eu te levo no postinho?

— não, eu estou bem!

— tô falando sério Mia.

— eu também estou Matheus! Já estou melhor — ela deu um sorriso sem mostrar os dentes — vamos lá pra fora. — ela foi abrindo a porta mas eu impeço.

— peraí, o que eu acabei de falar aqui é sério, se eu vê tu de gracinha com outro já sabe.

— qual o problema de conversar com outros caras, Matheus?

— o problema não é tu apenas conversar, porque sei que tu não intenção alguma mas eles tem, e não são as melhores. Vem. — dou a mão pra ela e ela segura — vou pedir pra limparem depois.

Saímos pra fora do barzinho e fomos no sentar, todos olharam e começaram a comentar entre si.

MIA ALBUQUERQUE

Algumas garotas ficaram me olhando muito, ficavam fazendo algumas piadas e eu já não estava gostando nada disso. Encarei Matheus e ele me olhou.

— sossega Mia, não me arruma confusão.

— que isso hein — disse Mel chegando com Sofia sorrindo.

— se assumiram? Finalmente. — Sofia sentou ao meu lado e me deu uma empurrada — vai ter discurso?

— não — disse Matheus com ignorância — talvez no próximo baile eu apresento ela.

— como assim me apresentar? — perguntei.

— como a fiel do Barão, é aí que começa o respeito por você, começa a te tratar diferente, nenhum cara olha ou trisca em você. — disse Mel pegand um pouco da cerveja de Matheus — mas vamos confessar que nem sempre acontece dessa forma, né. Só espero que Matheus tenha feito a escolha certa, claro, não se esqueça que você é dono desse lugar, que sofre ameaças o tempo todo, tem milhares de polícias atrás de você querendo tanto te prender ou até querer a rua cabeça pelos teus crimes que não é o dos melhores. Não anuncia a Mia como tua fiel se for ficar com outras como se estivesse solteiro. Se tu quer respeito suponho que ela quer também! E creio que tu sabe das consequência ao anunciar isso.

— quanto a isso Mel, tu não precisa se preocupar. Ninguém vai tocar nela se não for eu e com as ameaças eu sei me virar.

Mel não disse mais nada e ficou calada, Sofia parecia super feliz ao saber que eu e Matheus estávamos juntos. Vi os meninos uma três vezes, eles só apareciam quando Mel e Sofia não estava por perto, e Vitor parecia Mal, e sei que tem algo por atrás disso.

Eu e Matheus não tivemos tempo pra conversar e nem nada, não conseguíamos ficar a sós. Quando era umas 19:30 o dono do barzinho já estava recolhendo as mesas para fechar.

— vamo, vou te deixar em casa — ele levantou e segurou a minha mão me levantando — a gente conversa com mais calma outro dia. — ele me olhou no fundo os olhos e fez um carinho na minha mão.

Ele me guiou até sua moto, pegou o capacete e colocou na minha cabeça, depois ele pegou o dele e colocou nele mesmo. Matheus subiu na moto, girou a chave da ignição e eu logo subir.

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