Capítulo 23

811 38 4
                                    

BARÃO

— eu perguntei por que? — disse Mia com a voz firme.

— porque sim!... precisamos de privacidade, tá ligado? — virei-me para ela.

— ah, privacidade?! — ela soltou um sorriso irônico — você tocou na minha privacidades, você invadiu ela!

— negativo, Mia! Eu tive a tua premiação e tu estava querendo tanto quanto eu, não venha com essa. Eu só acho melhor assim pra ti cara, poucas horas antes tu estava querendo outro canto para morar, eu só estou fazendo o que havia me pedido. Apenas isso.

— ah — ela cruzou os braços e fitou o chão — só por isso? — confirmei e me aproximei. — tá bom! E quantos aos gastos que terei? Saiba que não terei como lhe pagar, só quando eu voltar.

quanto aos gastos tu não precisa se preocupar, já dexei acertado, eu pagarei as contas e alimentação, se precisar de algo é só me ligar e hipótese alguma vá na boca, entendido? — ela confirmou com as cabeça — certo, agora que viu que estou bem pode ir.

Mia não disse nada e saiu do quarto, solto um suspiro e me jogo ma cama.

— assim tá melhor! Espero que Vítor consiga resolver essa parada com a Mel de um jeito mais sábio.

[...]
Dia seguinte

Desço a escada e avisto Mia sentada no sofá e suas malas próximo a escada. Ela me olhou e logo se levantou.

— vamos? — perguntou ela ansiosa.

— tu já tomou café? — pego meu celular e mando uma mensagem para Jk perguntando se já fizeram a limpa dos corpos, ele logo me respondeu dizendo que sim.

— sim, estou bem satisfeita e bem ansiosa para conhecer minha nova casa — ela sorriu de orelha a orelha.

— percebi. — guardei o celular no bolso, andei até o raque e peguei a chave do carro e vou até as suas malas. — venha.

[...]

Estacionei o carro de frente para casa dela e rapidamente Mia saiu do carro e fiquei parada olhando para casa. Sair do carro, abrir o porta-malas e tirei suas coisas de dentro.

— ela é bem mais bonita que a outra. Amei!!! —
Sorriu virando para mim — abre logo!

— tenha calma — coloco sus coisas no chão e ando até o portão destranco e dou as chaves pra Mia abrir a porta.

Pego suas coisas e vou indo atrás dela. mia abriu a porta e deu vários pulinhos, com o pé eu fecho a porta atrás de mim.

— que foi que a imobilizou?

— eu escolhi os móveis, os meninos que arrumaram — me sento no sofá.

— são lindos e ficou incrível. Preciso agradecê-los, realmente ficou muito bom! Ficou estilo Mia Albuquerque. — ela virou-se sorrindo para mim — quem?

— quem o que? — perguntei curto e grosso.

— que foi os garotos que ajeitaram a minha casinha, eu preciso agradecê-los por tanta criatividade e por terem ajudado.

— agradecê-los? Tá esquecendo de outro alguém não?

— não. Acho que não. Eu estou?

— não sei — fecho a cara e me levanto, sem dizer absolutamente nada eu saio a deixando para trás — idiota!!

MIA ALBUQUERQUE

— ele tem bom gostos para as coisas — dou um sorriso me jogando no sofá — que delícia.

Depois de algum tempo organizando minhas coisas no quarto, alguém bateu na porta e fui correndo para abrir. Era Mel e ela estava bem triste.

— o que? Entre. — dei espaço pra ela entrar, fecho a porta e antes que eu vou até ela bateram de novo, abro a porta e Sofia entrar, fechei a porta e fui até elas — o que tá acontecendo? Mel, o que foi? Por que está chorando? DIGA LOGO! — deu um grito assustando Sofia.

— eu já a pressionei para dizer, ela disse que só iria dizer com a gente reunidas e bom, cá estamos nós Mel.

— ok. — mel solfou um suspiro — vou ser breve... Vítor terminou comigo. — disse com a voz embargada e logo começou a chorar.

— filho da puta! — xingo — não acredito que ele fez isso? Desgraçado! Ele merece o chefe que tem.

— eu juro que se eu vê Vitor na minha frente eu o mato,Mel! E estou torcendo pra quando eu sair daqui eu der de cara com ele. Me aguarde. Qual foi o motivo?

— não sei, ele estava bem tenso e foi logo dizendo que queria terminar, e que eu podia pegar minhas coisas e morar em outro canto.

— que babaca! Como ele pode fazer isso contigo? Você ainda assim merecia explicações e não ser tratada desta forma.Tem pra onde ir? — pergunto com raiva e mel nega — certo, a partir de hoje você mora comigo mel, e se aquele desgraçado aparecer por aqui, eu juro que nao responderei por mim.

— e enxuga essas lágrimas. Vamos te ajudar a pegar suas coisas. Ainda está lá? — Mel confirmou — ok. Eu e Mia iremos lá agora buscá-las, não saia daqui senhorita.

BARÃO

— TU O QUE? — gritei com ele putasso.

— eu pensei em outras formas, mas a solução foi terminar. TU NUNCA VAI SABER COMO É DESESPERADOR EM SABER QUE TUA MULHE TÁ
CORRENDO PERIFO POR CULPA TUA. Tu nunca vai saber a sensação disso, Matheus. Nunca! — disse Vítor mais irritado ainda.

— é por esse motivo e várias outros que eu não arrumo uma fiel. Já tenho a vida toda fodida e cheia de preocupação, e mulher no meio disso só complica as coisas. Mas sei também que exista outras soluções que NÃO SEJA TERMINAR COM A PORRA DA MENINA, VITOR!

— então o que tu iria fazer no meu lugar, carai? Qual seria a tua solução? Vai porra.

— tu só colocou ela em mais perigo fora do teu campo de visão. Ninguém iria tocar nela ou tentar algo com ela dentro do teu campo de visão, muito menos o Alemão. Tu só fez o que ele queria, porra! Agora tu nem sabe onde ela está agora, e provavelmente aquele filho da puta deve estar tramando algo.

— é provável mesmo. Mas temos que ter um plano pra protegê-la. E acho... — Nando pra de falar assim que a porta foi aberta brutalmente.

E lá estava Mia parada de braços cruzados e com uma cara nada boa, e logo depois apareceu Sofia ao seu lado também com uma cara nada boa.

Cerrei os dentes com raiva encarando ela. Eu já estava puto de raiva e com mais essa é pra ficar igual um diabo. Essa garota só pode estar de curtição com a minha cara. Ou é burra de mais pra não entender o que eu falo.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora