Capítulo 14

881 44 3
                                    

MIA ALBUQUERQUE

Estava no quarto chorando muito, minha perna doida muito, mas mesmo assim eu conseguia andar, porém bem devagarzinho por conta da dor.

— Mia!! — escuto as vozes de Sofia e Mel me chamando, ambas abriram a porta e ficaram olhando diretamente para o roxo enorme na minha coxa.

— que porra é essa? — falou Mel.

— ele... o filho da puta do barão te bateu? — falou Sofia.

Eu não disse nada apenas abaixei a cabeça.

— bom... não foi falta de aviso dele. — digo com a cabeça baixa.

— mesmo assim ele não poderia ter feito isso, logo ele que não permite isso aqui no morro e vai lá e faz essa merda. EU VOU MATAR O MATHEUS! — Disse Sofia puta de raiva — consegue andar?

— um pouco, devagar.

— certo. Uma coisa que eu sei que deixa barão uma fera, e eu sei que isso vai deixar ele uma fera...

— isso o que Sofia?

— é hora do lanche, Teresa já foi embora pra casa e não quero mexer na cozinha e nem nada, vamos ao bar comer uma batata e beber. — disse Sofia decidida.

— não está falando sério, né? — Sofia me olhou erguendo a sobrancelha — jura Sofia?

— cara, ele não vai fazer nada contigo na frente de ninguém, ele sabe que não pode fazer isso, muita gente aqui do morro adoraria vê-lo cometer esse tipo de agressão, seria umas das provas que colocaria Matheus preso.

— e porque até hoje ninguém tomou essa iniciativa? Todos vocês sabem o que ele faz e o que ele é.

— a maioria é por medo e os outros é porque respeita muito ele e gosta muito dele ou nem está nem aí pra nada... a gente não vai denunciá-lo porque sabemos como é o verdadeiro Barão e tu estava conhecendo esse lado dele. O primeiro passo é nunca deixá-lo zangado.  — disse mel. — agora podemos ir, estou com fome.

— só precisamos dar um jeito nisso aí, esconder — disse Sofia — Mia, não saia daí, vamos lá em casa rápidos pegar algumas coisas.

BARÃO

Chegando em casa, entrei, tirei o capacete coloquei no raque junto com a arma. Olho pro andar de cima, e subo a escada. Bato na porta de Mia, mas ela não responde nada, revirei os olhos e abro a porta. Ela estava olhando uma revista e logo me encarando. Fechei a porta atrás de mim e fui até ela, me sentei na beirada da cama e Mia se afastou.

— o que eu tinha pra fazer já fiz, Mia — tiro os remédios da sacola. Abro a caixa do comprimido e entrego a ela.

— o que é isso?

— um comprimido para dor, pode engolir.

— sem água?

— eu esqueci de pegar água, engole sem água mesmo o efeito é o mesmo. — ela pegou o comprimido da minha mão enfiando na boca, abro a caixa da pomada, coloco um pouco na mão e começo a massagear a perna de Mia

— ai!!

— shhh - continuei a passar com um pouco de mais cuidado.

Encaro ela, e a própria me encarava nos olhos, passo a mão deslizando pelo sua coxa suavemente e sinto que ela arrepiou. Falar a verdade mexer na coxa dela, também está me dando uma sensação estranha, então eu paro de mexer na coxa dela.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora