Capítulo 24

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BARÃO

— que caralho cês querem aqui, porra? — encarei ambas — Sofia tu sabe muito bem que a boca não é lugar de mulher — digo com a voz firme.

—  a gente veio pegar as chaves, vamos tirar tudo da mel de dentro daquela casa, e depois que  tiramos tudo de lá, você nunca mais, nunca mais vai vê-la na sua vida. — disse Mia, indo até Vitor — e vamos nos certificar disso. Babacão.

— e eu espero, Vitor... — prosseguiu Sofia — espero de verdade que tu tenha terminado com ela por causa de um motivo super grave e não por causa de uma puta ou por causa da vida de solteirão, porque se não tu está muito fodido cara.

— passa a chave — Mia estendeu a mão na frente de Vítor, sem dizer nada ele tirou as chaves do bolso entregando a ela. — agradecida. Sabe qual é bom disso? — perguntou Mia olhando para nós todos.

— três mulheres, gostosas e solteiras na área. Não tem nada melhor que isso, parece que os bailes vão ser ótimos! Vamos Mia!

Saíram ambas de dentro da sala puta de raiva. Nando e eu olhamos pra Vitor que esfregou os dedo no cabelo em forma de nervosismo.

— se prepara, porque tenho certeza que não vai ser fácil vê a tua mulher nos braços de qualquer cara aqui do morro e tu não vai poder fazer merda nenhuma.

MIA ALBUQUERQUE

Depois de algumas horas empacotando as coisas de Mel, fomos atrás de ajuda e não tivemos outra escolhas ah mais er pedir ajuda a Cabeça. Ele levou tudo lá pra minha casa, Sofia deu 50 reais pro serviço dele.

Depois de muito tempo arrumando as coisas de Mel a gente resolveu tomar um sorvete.

— você mora praticamente de frente pra boca, Toma cuidado. — disse mel — quer dizer. Temos que ter cuidado.

— o que poderia acontecer?

— alguém tirar fotos suas se trocando, a janela do seu quarto está vida pra lá, Fácil Fácil.— disse Sofia jogando o papel fora — espero não ficar resfriada com isso.

— vou fazer um chá quente pra você, não vai ficar esfriada. E vou me lembrar sempre de nunca me trocar no quarto.

— e como está tu e Matheus? — perguntou Sofia abrindo o portão de casa.

— você pergunta como se eu e ele estivéssemos namorado ou algo do tipo, mas respondendo sua pergunta... eu e Matheus estamos na mesma. Acredite. Ele é muito durão.

— ele tentou te bater de novo — Mel foi abrindo a porta e deu espaço para nós entrar.

— não. Foi até gentil, do jeito dele. Acho que as coisas podem mudar, não sei, talvez eu já esteja na dele e aí fico citando coisa na minha cabeça...

— tipo?!! — ambas me olharam curiosas.

— ele mostrou está mais que interessado? Tipo assim, um comportamento diferenciado e que está todo amarradão em tu. — Mel sorriu sentando no sofá.

— aah.. não sei não... mas é que ele me contou algo, ontem. Disse que ser mulher de bandido tinha suas consequências e era por esse motivo que ele nunca conheceu a mãe dele. Pra mim é uma informação importante.

Sofia e Mel se olharam e logo sorriram.

— essa é a única notícia que pode me deixar feliz. Hoje. — disse Mel — sim, esta é uma informação que ninguém sabe a nãos er seus amigos mais próximos. Bom, mas o porquê ele disse isso?

— espera... ele talvez quer te alerta sobre os perigosos que corre sendo a mulher dele, e isso também pode ter haver com a invasão e com a separação da Mel e do Vitor — disse Sofia  — não sabemos quem foi que invadiu dessa vez, mas com certeza deve ter qualquer tipo de ameaças aos meninos ou talvez eu esteja doida de mais! 

— não. Não é por causa disso — disse Mel triste — já tem alguns dias que Vítor mostrou estar diferente comigo, ficou mais frio e eram poucos momento em que estávamos bem podia até não parecer. Então descarta a ideia das ameaças. E outra, Mia não pode, hipótese alguma ter um lance sério com Matheus. Mesmo que seja impossível disso.

— é, eu não posso! Logo que eu voltar, me casarei com Pul e teremos apenas um filho. Um único herdeiro. — solto um suspiro e me sento ao lado delas — nós três temos uma vida difícil.

[...]
Madrugada
(00:40)

Acordei com muita sede, me levantei da cama tentando não acordar Mel e Sofia, em paços devagar eu fui andando até a cozinha. Abro a geladeira, pego a jarra de água e ponho no balcão, abro o armário e pego um copo, assim que eu coloco o copo no balcão bateram na porta fraco me assustando.

Fiquei paralisada encarando a porta. Não me movi e mais outra vez bateram na porta. Me aproximei mais pra se eu conseguia vê quem era. Olho pela janela e vejo Barão.

"O que ele está fazendo aqui?"

Rapidamente eu fui abrir a porta pra ele sem entender nada.

— que demora carai! — sussurrou ele entrando.

— o que faz aqui a essa hora? — fechei a porta e o vejo se sentar no Sofá.

— acabei de sair da boca, tive muito trabalho por lá hoje e já que tu mora aqui de frente resolvi ver tu. — disse ele e viu as horas no relógio.

— assim do nada? — perguntei andando até a cozinha, coloco água no meu copo e dou um gole.

— do nada não. Traz um pouco pra mim!

— do nada sim, quem é que aparece a essa hora na casa de alguém sem ter motivos, Matheus? — peguei o copo com água e elevei até ele. Me sento ao seu lado.

— quem disse que eu não tenho motivos para estar aqui? — ele levou o copo até a boca e bebeu toda a água e logo sorriu para mim. — bom, se não fosse pela invasão de ontem, eu estava pesando em dar uma folga por caras de hoje até sexta, mas com a invasão o trabalho foi redobrado.

— os caras seria, Vitor, nando e você? — ele confirmou — mas não adianta nada pegar um folguinha até sexta e ficarem socados aqui no morro. Mó chatão isso.

— teria algum lugar em mente?

— Maybe! — dou um sorriso pra ele — mas tem que me prometer que quando pegarem a folga vai ir pro lugar que eu escolhi — ergo meu dedo mindinho— vai!

Ele hesita e logo ergueu seu mindinho entrelaçando com o meu, ele sorriu e foi se aproximando mas logo eu o impeço.

— acho melhor não, barão.

— Matheus! — disse ele firme e com o olhar pregado em meus olhos.

— o quê?

—  eu já vou ir. — ele se levantou e apanhou o capacete do sofá, colocou a mão dentro do bolso e tirou duas notas de 100 reais — toma, comprar o que tiver faltando e algo pra tu. Se precisar de mais, me liga. — ele colocou as duas notas de sem na minha mãe e foi andando até porta sem deixar eu dizer nada.

— como eu te ligar se nem celular eu tenho mais!

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