Capítulo 52

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MIA ALBUQUERQUE

Depois que me vestir, eu dei de mamar pra Pérola e a coloquei no berço novamente. Desde que barão Barão saiu do quarto, eu fiquei pensando em conversar com ele, tava criando coragem de ir lá e conversar.

— esqueça, deixa isso para lá — digo para mim mesma e saio do quarto.

Desço a escada indo direto pra cozinha e me dou de frente pra Barão saindo da cozinha. A gente se olhou por alguns minutos, até que ele corta e passando reto.

— por que as câmeras no quarto da minha filha? — perguntei me virando pra ele.

Barão continuou de costas e deu uma risada sarcástica.

— minha filha também, Pérola não é só tua — diz com arrogância.

— então seria algo que eu deveria saber também? Deveria ter me comunicado.

— se tu tivesse falado não, eu ia colocar do mesmo jeito tu gostando ou não! — ele virou para mim com a sobrancelha franzida — e a câmera vai permanecer lá.

— quero saber o motivo — cruzo os braços.

Barão continuo a me encarar irritado. Dava pra vê a fumaça de raiva saindo pelo nariz dele.

— fica na tua, Mia, não se mete nos bagulhos não. Já tá muito envolvida.

— não me importo. Eu quero saber o motivo que colocou uma câmera do quarto da nossa filha, Barão! — alterei o fim da minha voz.

— INFERNO, MIA!! — gritou barão fodo estressado — Alemão é o motivo. Se ele souber que Pérola é minha filha, e que tu tá aqui em casa, acabou pra mim porra!! Conhecendo bem o Alemão, ele vai usar isso pra me vê no fundo do poço e implorando as coisas pra ele. Então fica na tua caralho, aquela droga de câmera vai ficar no quarto de pérola sim, e a amanhã terá alarme de segurança dentro dessa porra.

— o que esse Alemão quer contigo? Comigo. Com Pérola.

Barão não me respondeu de imediato, e começou a se aproximar de mim.

— tu sabe de mais, essa conversa encerrou por aqui. — Barão deu de costas pra mim.

— não! — me altero e barão me olhou como se fosse voar no meu pescoço— você querendo ou não, eu tô envolvida nisso e minha filha também, e se ela tiver correndo perigo, eu quero saber.

— tu escolheu o cara errado pra o ser o pai da tua filha, escolheu o cara errado pra se envolver. Olha meu, na moral... vai fazer o que tu ia fazer na droga da cozinha.  — diz Barão sentando no sofá e passando a mão no cabelo repetidamente.

— parece que sim  — digo e sinto uma lágrima escorrer no meu rosto — o que eu estava esperando mesmo, ainda mais vindo de alguém como... — não terminei a frase e subir pro quarto de pérola.

BARÃO

Tinha respirado de vagar acho que mais de 4 vezes para poder manter a calma. Eu sei que não vai da certo com Mia morando aqui, mas preciso ficar perto dela e de Pérola principalmente. Ainda acho confuso meus sentimentos por ela. Quando descobrir que Pérola era minha filha, me sentir o cara mais feliz e sortudo no mundo inteiro. E farei tudo o que tiver no meu alcance pra protegê-las.

— o que eu vou fazer? — encaro a parede pesando em algo mais inteligente. — preciso fumar um pouco — me levantei e fui pro quintal fumar um cigarro.

Estava sentado na cadeira, e dava pra vê o quarto de Pérola. A janela e a cortina estava aberta. A luz foi acesa e logo vejo Mia. Ela deu uma olhada no berço de Pérola e logo sorriu dizendo alguma coisa. Logo Mia começou a tirar seu short e ficando de calcinha, logo em seguida ela tirou sua blusa regata revelando os seus seios.

Mia pega algo em cima da comanda, e coloca no peito apertando repetidamente. Continuei a fumar meu cigarro observando Mia tirar o leite do peito, parecia doer já que ela fechava a cara a cada apertada que dava. Era satisfatório vê-la, era como se fosse uma obra de arte.

— nem parece que a pouco minutos atrás tava brigando comigo por conta de uma câme.... — paro de falar quando me dou conta da câmera no quarto — inferno!!!

Jogo o cigarro no chão e vou correndo para dentro, subir a escada com pressa e abrir a porta do quarto de Pérola encarando a câmera com a cara fechada. Mira me olhou e logo se virou de frente pra câmera. Com um passo rápido peguei qualquer coisa na poltrona e a cobrir por inteira.

— segura essa porra no teu corpo — falei com ela e logo Mia segurou a pano.

Peguei uma cadeira subir nela, e desliguei a câmera. Desci da cadeira e respeitei fundo.

— agora entendi. — Mia disse com indignação.!

— tu tinha que tirar toda a droga da roupa e ficar nua? Pensa quantos caras te viu... — pressionei a mandíbula.

— o que foi? A ideia não foi tua? Agora aguente. O quarto seria um local de privacidade, nem sempre vou me lembrar que tem uma câmera me vigiando.

Mia chegou o pano na poltrona ficando apenas de calcinha na minha frente. A vontade que eu tava pra agarra-la era imensa, mas me contive. Logo ela pega uma camisola e se veste.

— por acaso tava me espionando?

— não, Mia, eu não estava. Eu não tenho aceso as câmeras pelo celular.

— e como soube? — ela veio se aproximando. — como ia saber que eu estava so de calcinha, se não tem aceso as câmeras.

— a merda da janela desse quarto é imensa, Mia. Da pra vê até lá na China.

Mia se aproximou mais perto de mim, e desceu seu olhar pros meus lábios.

— então está confessando que estava mesmo me espionando?

Desci meu olhar pra sua boca, e ela tinha acabado de morder o lábio inferior. Engolir em seco sentindo o pau acordar na bermuda. Voltei a olhar pro olhos delas, e ela ainda ficava os meus labios.

— é melhor você ir — diz Mia se afastamento. Mas não me aguentei e a puxei para um beijo.

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