Capítulo 48

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MIA ALBUQUERQUE

— sabe, esses dias eu estou sentindo umas contrações muito fortes. Será que vai nascer? — coloco a mão na minha barriga massageando ela.

— não, é cedo! — disse Mel folheando algumas revistas.

— já estou com 34 semanas, pode vir a qualquer momento.

— esse bebê não vai nascer antes do pai ter a consciência que é dele. — disse Mel focado nas revistas.

—porque vocês ficam fazendo isso comigo? É difícil, muito difícil contar ao Barão que ele vai ser pai. Pai da minha filha.

— essa é a sua consequência de se envolver com o dono da porra toda. — Sofia abre a porta e se joga no sofá — eu transei com o Nando.

Magnífico Mel e eu olhamos com os olhos arregalados para Sofia.

— você o que? Você está falando sério? Tipo. Seríssimos. — Disse Mel jogando as revistas no chão — puta que pariu mona.

— é, seríssimo! Mas não vai da em nada isso.

— por que você não quer, é nítido a forma que Nando gosta e deseja que você — digo-me levantando também. — e o conselho que eu te dou é: se gosta dele mesmo, se sente algo por ele... não deixe que sua mãe estrague isso, não deixa de ser feliz por causa dela. Ela é sua mãe precisa deixar você livre para seguir seu caminho sem as decisões dela.

— tudo o que você faz é torcendo pra sua mãe não descobrir, e tenho quase toda certeza que deve ter inúmeras conexões da sua mãe no seu celular. Ela te controla de mais, não digo isso por mal e que sua é aquela mães loucas, pelo contrário e até entendendo a proteção que ela tem com você. Mas porra Sofia, acorda pra Vida cara! — Mel fez uma Pausa — Usaram camisinha?

Sofia parou de roer as unhas nos olhou com os olhos arregalados.

— aí você me fode né Sofia. —disse Mel indignada.

— no calor do momento a gente nem lembrou. E você nem pode me julgar, transava direto com Vitor sem camisinha, e Mia tá até de barrigão.

— seria engraçado se você fosse na próxima — me sento rindo — mas isso é sério Sofia, vamos se cuidar né.

— o que é sério aqui é outra coisa. — Sofia me olhou com o semblante Sério.

— não acho que seja o momento certo!

— e quando será? Quando uma criança nascer e tiver a cara do Barão? Não queremos te apressar, mas conhecemos muito bem o barão e sei como ele ficaria felizão em saber que Pérola é filha dele. Ele adoraria te ajudar, estar presente nesse momento. Muitas pessoas acham que ele é um monstruoso, que não tem coração, que é um babaca...

— eu já entendi. — digo cortando Sofia e passando a mão na barriga.

[...]

Estava só eu em casa, Mel tinha ido com Sofia falar com a mãe dela e falar onde ela passou a noite e tudo mais. Passei a manhã pensando na possibilidade e como seria se eu contasse pró Matheus.

— que difícil!! — me levanto indo até a cozinha até batem na porta — ué, elas não levaram a chave? — fui até a porta e abri, antes que eu falasse algo ele foi entrando com tudo — o que faz aqui? — permanência com porta aberta.

— preciso que use isso aqui a partir de hoje — ele me entrega uma pulseira prata.

— e por que?

— não interessa, só usa e não tira o braço.

— então não vou usar.

– inferno, Mia! Não complica.

— eu não vou usar uma pulseira do nada, sem saber o porquê está me entregando Barão. Eu falo?

— não quero te apavorar, te assustar ou te deixar com medo. Só peço que use essa droga de pulseira.

— o que está pegando?

— Alemão. Ele sabe que está grávida, e ele sabe que não é de mim, mas ele é muito imprevisível e pode usar pra me atacar.

— e o que essa pulseira vai fazer? Além de enfeitar o braço?

— eu vou saber todos os cantos que você tiver, pra segurança de vocês.

— ata, então tá me contando que coloquei um rastreador aqui?

– Sim, Mia.

— eu não vou usar. Não quero ser vigiado o tempo todo.

— não complica. Mel e Sofia vão ganhar uma também, só peço que use isso. Se Alemão tocar em tu, eu não sei como vou reagir, mas sei que não será coisa boa. Só coloca a droga da pulseira e não tira do braço.

- está bom.

Barão ficou me encarando por algum tempo, e logo foi indo até a porta. Assim que ele tocou na maçaneta, sinta uma água cair nos meus pés.

— Aí meu Jesus!!! — Digo apavorada olhando pro chão ao ver que minha bolsa estourou.

- o que é isso? Tu mijou na roupa?

— não... minha bolsa estourou — digo tentando não entrar em pânico — pérolas vão nascer!!

- o que? — Barão se apavora e leva a mão na cabeça — ela vai nascer agora? Vamos pro hospital.

— não, você não pode sair do morro, vamos pro hospital daqui. Pega uma bolsa rosa dentro da guarda roupa. — digo suspirando começando a sentir dor.

– inferno! Eu to de moto... — Barão coça a cabeça — você consegue segura, eu vou ir balançando pegar o carro.

— tá bom, não demore.

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