Capítulo 26

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MIA ALBUQUERQUE

A semana passou de pressa e tenho alguns relatos estranho para contar. Percebi que estou sendo observada, talvez, não sei. Mas Barão colocou alguns de seus homens espalhadas por todo canto do morro e cada um dele possui duas armas, uma pequena é uma grande. É bem estranho. As meninas disseram que era por conta da invasão e que eles estão se prevenindo. Isso não está me cheirando bem.

Aliás, hoje é sábado. Tem Baile. E agora eu e as meninas estamos tendo uma pequena discussão.

— porra meu, tu vai ficar sem ir no baile pro causa de macho? — perguntou Sofia ficando puta de raiva.

— eu não quero estar no mesmo local que ele, poderia pelo menos entender.

— porra mel! É claro que entendo, e é por entender a situação que eu jamais lhe deixaria aqui sozinha na deprê enquanto o filho da puta do Vitor estar lá curtindo a vida de solteirão. Anda. Levanta daí e vai se arruma, eu e Mia já estamos prontas.

Mel bufou e se levantou indo para o banheiro, Sofia e nos sentamos e aguardamos ela aparecer.

[...]

Chegamos no baile por volta das nove horas, a fila para pegar a fitinha não estava tão grande e logo chegamos ao cara.

— Sofia — disse entregando as duas fitinhas pra ela — Mel — com a mel a mesma coisa — e Mia...

— já sabia. Sem a pulseira dourada. Desgraçado! — digo com raiva e pego a pulseira azul.

— mó sacanagem isso que Matheus faz com tu. — disse Mel entrando no baile.

— eu não estou nem aí pra ele. Que se dane. Vamos beber algo? — vou direto ao barzinho e me esforço no balcão — quero três vodka. Pura. — digo ao Barmen e logo ele pega três copo despejando o líquido dentro.

As meninas pegaram seus copos e logo deram um gole bebendo tudo, faço a mesma coisa e bebida desceu rasgando na garganta.

— Jesus! — faço uma careta.

— hoje. Esquecêramos os meninos. Hoje iremos experimentar algo diferente — disse Mel sorrindo safada. — e Mia, nem venha dizer que não pode, porque tu transou com o pior de todos aqui.

— está bem! Hoje eu tô liberada para fazer o que der na cabeça.

Dei uma olha rápida para o camarote a procura dele mas ainda não o vi, o que era bom, ou não.

BARÃO

— chefia, as três já estão no baile — disse G5. — fico de olho nelas?

— não é preciso, G5 — me levanto e vou até a grade, passo o olhar por fofocas até que encontro às três dançando juntas — estarei de olho. — digo com o olhar focado em Mia — está liberado.

— valeu patrão!

— Vitor ainda não chegou — disse Nando se aproximando da grade.

— ele foi na boca pega droga, agorinha está aí. — vejo Mia se afastando das meninas e indo pra fora do baile. — seguinte, peça ao G5 para trazer as meninas aqui pra cima, assim será fácil vigiá-las. Vou atrás da outra.

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