Capítulo 27

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MIA ALBUQUERQUE

Barão foi me puxando para fora do baile até estarmos bem longe de todos, ele parou de andar e me colocou grudada na parede.

— por que tão longe? Depois vai me dar uma preguiça de voltar  — encaro ele.

— minha moto tá logo ali, depois te deixo em casa.

— é perigoso andar sem capacete.

— eu trouxe dois já por esse motivo — ele se aproximou mais.

— não é pra se aproximar, fica exatamente onde está.

— pô, Mia! Deixa disso cara.

— olha aqui, eu tô tentando me controlar tá bom e está sendo bem difícil porque você não ajuda.

— eu não quero ajudar a você se controlar, quero ajudar você se descontrolar comigo — ele se aproximou mais e pegou nas laterais do meu rosto com força.

Ele foi aproximando seu rosto perto do meu até seus lábios tocarem nos meus. Matheus passou a língua em volta deles e sorriu.

— não resista Mia, eu sei que quer pô.

— qual parte não entendeu que eu não quero? — digo com a respiração cortando.

— tu não quer ou é porque tu não pode?

Matheus tirou sua mão do meu rosto levando para a minha cintura, puxando-me mais para ele. Ele me fixou o olhar no meu ficando sério.

— já disse o porquê, Matheus. Por favor, não insista! — olho por cima do ombro dele.

— e eu também já disse que quanto a isso tu não precisa se preocupar, pô. Te dei a semana toda pra pensar sobre isso, me afastei de tudo como havia pedido, só que agora não dá mais caralho.

— claro que dá. Só ficar mais afastado ainda de mim.

— não começa, Mia! Tu me quer e eu te quero, não tem ninguém que nos impeças disso, alem de si mesma.

Barão foi aproximando seu rosto do meu pescoço e começou a beija-lo, a sua outra mão estava pegando com força do outro lado do pescoço. Seus beijos foram subindo até seus lábios estarem conectados com os meus.

— bora, vou te levar pra casa — diz ele parando de me beijar.

— se for a sua eu não vou.

Barão não disse nada e foi me puxando para uma rua estreita e escura.

— que? Onde está me levando? Me solta! — tento puxar meus braços inúmeras vezes mas Barão não o larga. — MATHEUS! —

— que é porra? — diz ele me soltando com raiva.

— por que estamos aqui? — andei dois centímetros para trás.

— a merda da moto tá na próxima rua, porra! Ag... — ele para de falar assim que teu telefone começa a tocar — inferno.

Ele tira o celular do bolso, olho pra tela e fez uma cara de raiva. Minutos depois ele atendeu.

__o que?
__ filho?
__ filho é o caralho, porra! O que tu quer?
__ saber como tu está, eu sinto sua falta Matheus, será que não vê que eu só quero o seu bem? Fiquei sabendo que poucos dias aí houve uma invasão, fiquei preocupada contigo.
__ preocupado uma porra! Fala logo o que tu quer,Solange.
__ quero te vê!
__ vão continuar querendo! Não me aparece na minha frente ou aqui no meu morro, Solange. Se eu te vê aqui porra, eu vou te matar e não pensarei uma ou duas vezes, coisa que eu já deveria ter feito a 8 anos atrás. Está avisada. Se aparecer aqui é bala na hora.
__ não fala assim com tua mãe!
__ tu nunca foi minha mãe caralho! Tu quer mais dinheiro? Não se preocupe que amanhã bem cedo depósito uma grana na tu conta. Tchau.

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