Hongjoong - Ateez

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Achei um anjo. Literalmente. Ele é lindo, fofo, simpático, e tem asinhas de anjo.

Como eu o encontrei? Não sei dizer, mas parece que ele gostou de mim, não desgruda de mim, e fica tristinho quando preciso ficar longe dele. De agora em diante, ele me acompanha seja pra onde eu for, assim posso o ver sorrir o tempo inteiro.

Decidi o chamar de meu, meu anjo da guarda, ele me protege de algumas coisas. Por exemplo, fui atravessar a rua, mas ele me puxou pela blusa, e um carro passou com pressa, não daria pra eu atravessar a tempo. Uma vez, me empurrou até a parede, mas isso porque onde eu estava, caiu um vaso de porcelana, veio da casa de um vizinho, iria cair bem na minha cabeça. Ele é meu protetor.

-- Você vai sair hoje? - perguntou delicado, atrás de mim.

-- Hoje não, pretendo ficar em casa. - sorri pra ele. - Por quê?

-- Eu queria a proteger hoje. - sorriu tímido. - Te livrar do mal é meu único objetivo, se não, eu não posso mais voltar pro céu junto com os outros anjinhos.

Ele sempre me falou dos seus outros amigos anjinhos, mas nunca me disse o porquê de ter sido expulso de lá. O que será que ele fez pra vir conviver com os humanos?

-- S/n - chamou minha atenção. - Eu... prometi não contar isso a ninguém, mas eu sinto que devo lhe contar.

-- Seja o que for, se precisar de ajuda, pode contar comigo.

-- Não é algo tão simples. - pegou minhas mãos e pediu que eu me sente no sofá, logo se sentou ao meu lado. - Você sabe que... há pouco tempo, fui expulso do céu, só podendo voltar quando provasse que sou um bom anjo.

-- Sim, você me contou sobre isso, mas não disse o motivo.

-- É delicado. - soltou minhas mãos. - Você me vê como um anjo, certo? - assenti. - Não sou o anjo que você pensa que sou.

-- Como não? - estranhei. - Hongjoong, me explica isso direito.

Suspirou pesado, parecia pensativo, e apreensivo.

-- Todos os anjos, nenhum possui emoções humanas, como dor, ódio, amor, alegria, apenas somos nós. Porém, eu sou diferente.

-- E foi por isso que você foi banido de lá de cima?

-- Não, não só por isso. - finalmente me olhou. - Eu pude ver de lá de cima o quão preciosa você é, e isso me fez despertar sentimentos por você. Por que eu não saio de perto de você por um segundo? Por que só penso em a proteger? Eu não quero seu mal, não quero que você tenha um fim, eu te amo.

Ele... o que?

-- Mas também não queria deixar as coisas boas que tem no céu, lá é tudo tão perfeito. E parece que estou abrindo mão de tudo aquilo, por você.

Bem que eu desconfiava de alguma coisa nele, agora eu sei o que era.

-- Você... só queria me dizer isso? - fiquei sem saber o que dizer. - Não pense que sou insensível, você me pegou de surpresa, não sei como reagir.

-- Tudo bem. - sorriu simpático. - E por outro lado, ainda preciso te contar outra coisa.

-- Outra bomba? - perguntei, tirando dele uma risada nasal.

-- Quase isso. Mas, isso não é uma coisa boa, pelo menos, não pra você.

Se levantou do sofá, virou de costas, e... suas asas sumiram. Sua auréola sumiu também, então se virou novamente. Seus olhos eram de uma tonalidade anil, agora estão violetas. Apesar disso, ele parecia uma pessoa normal, um humano qualquer.

-- O que aconteceu? - perguntei confusa. - Hongjoong...

-- Eu não sou apenas um anjo - voltou a se sentar ao meu lado, um pouco mais distante. - Eu posso mudar minha forma de anjo pra humano, e isso não é normal.

-- E por que isso seria uma coisa ruim pra mim?

-- Porque eu posso perder o controle e ficar... como posso dizer? Eu posso te fazer algum mal. Não sendo violento, eu posso acabar... te tocando.

-- Me tocando? - tentando entender. - Você quis dizer...

-- Eu tô tentando não ser indelicado.

-- Isso já aconteceu antes?

Ficou quieto, desviando o olhar de mim, o que deixou clara sua resposta.

-- Entendeu agora? - perguntou.

-- Esse foi o motivo de você ter sido expulso do céu. - agora fiquei sem graça, não sabendo mais o que posso dizer.

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