Niki - Enhypen

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Está na hora de dormir, eu já estou no meu dormitório, e assim que me deitei, ouvi alguém bater na porta. Quem será a essa hora? Fui até lá e abri a porta, e era o Nishimura.

-- O que faz aqui nesse horário? - o encarei. - Sabe que os meninos não podem entrar no dormitório feminino.

-- Eu sei, só queria te entregar uma coisa, e não pode esperar até amanhã. Posso entrar?

-- Aish, tá bom, mas tem que ser rápido. - deixei ele entrar.

Acendi a luz, me sentei na cama, e cruzei os braços.

-- O que você quer me dar?

-- Bom - ele parecia tímido, a julgar que não conseguia me olhar nos olhos, e também estava um pouco nervoso. - Lembra de quando você chegou aqui e não conhecia ninguém e eu fui o primeiro a falar com você?

-- Lembro sim, não posso esquecer o dia que nos conhecemos.

-- Então - tirou as mãos de trás, revelando uma caixa decorada. - Eu preparei isso pra você.

-- Um presente antes do meu aniversário? - sorri, pegando o mesmo. - Obrigada Niki.

-- Abre, quero ver sua reação. - se sentou ao meu lado.

Tirei a fitinha vermelha, abri a tampa, e continha um urso de pelúcia, tão fofo quanto ele mesmo. Me apaixonei, não sou besta.

-- Nossa Nishimura, o que eu te fiz pra você me mimar assim? - abracei a pelúcia, depois beijei seu rosto. - Realmente, muito obrigada.

-- D-de nada. - sorriu como um bobo com a mão no rosto, bem onde beijei.

-- Agora eu tô te devendo um mimo também. - falei ainda abraçada na pelúcia, realmente, me apaixonei.

-- Não precisa, eu só queria te fazer esse agrado. Porque... você é minha melhor amiga. - sorriu pra mim.

-- Que fofinho. - larguei a pelúcia por um instante e o abracei, e durante esse abraço, eu percebi que tinha um bilhetinho no ursinho, e ele caiu no chão. - O que é isso?

-- Ah, não é nada não. - pega da minha mão. - Eu ia jogar fora, mas esqueci.

-- Nishimura Riki, me dá o papel. - estendi a mão, esperando ele me dar, e logo cedeu.

-- Sabe, tá tarde, eu vou voltar pro meu quarto.

-- Pode parar aí, mocinho. - abri o bilhete, e comecei a ler. Me impressionei com o que estava escrito, principalmente com o "eu gosto muito de você", que estava escrito em japonês, mas eu sei um pouco de japonês. - Niki.. - o encarei.

-- S/n, não me bate, por favor, sou muito novo pra morrer. - se protege com seus braços. - Eu precisava dizer logo que eu gosto de você, então escrevi esse bilhetinho, mas percebi que era uma péssima ideia, e eu pensei que tinha jogado fora, aí...

Calei a boca dele, com um selinho demorado, ele se assustou, mas retribuiu. Separei, e ele me encarou de olhos arregalados.

-- Que foi? Você não parava de falar. - sorri. - Eu também gosto de você, seu bobo.

-- Tipo.. gostar pra valer? Mais que um amigo?

-- Você quer outro beijo? - cruzei os braços.

-- Olha, eu quero, mas não sei se você também quer, então... - revirei os olhos e o beijei mais uma vez. - Por que você não deixa eu falar?

-- Você fala demais. - arranquei um sorriso vindo dele, e logo me assustei com sua atitude seguinte, que foi me segurar pela cintura e quase me beijar.

-- Eu também tenho atitude. - a gente quase caiu na cama.

-- Calma aí - fiz ele me soltar. - Um passo grande assim? Niki, a gente nem namora ainda.

-- Não seja por isso. Você...

-- Espera - o interrompi. - Espera até amanhã, tudo bem?

-- Tá bom. - pegou seu celular, e me mostrou seu relógio, que já marcava meia-noite. - Posso agora?

-- Espertinho. - revirei os olhos. - Tá bom, você ganhou.

-- Finalmente, meu momento. - se ajoelhou no chão, com o ursinho nas mãos. - Quer ser minha namorada? E num próximo futuro, ser a senhora Nishimura?

-- Isso foi um pedido de namoro ou de casamento? - ri fraco, pegando o ursinho. - Claro que sim.

-- Que bom. - se levantou de surpresa, me derrubando na cama, e ficando em cima de mim. - Agora eu posso?

-- Só um beijo, bobão. - falei.

Ele realmente tem atitude, só estava nervoso, mas agora ele vai deixar a timidez de lado, eu vou ajudar. Claro que não foi só um selinho, mas foi um beijo tão calmo, foi tão bom, mas tivemos que parar.

-- Tudo bem, Nishimura, hora de dormir. - fiz ele se levantar. - Não se preocupe muitos outros beijos virão.

-- Ainda bem. - sorriu todo vermelho. - A gente se vê de manhã, na aula.

-- Não somos da mesma turma.

-- Ah, então a gente se vê por aí. - riu fraco. - Eu venho te dar bom dia.

-- Tudo bem.

Ele saiu, eu fui dormir, abraçada na pelúcia que ele me deu.

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