26 Á luz da lua

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Eloá,

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Eloá,

Andamos em absoluto silêncio.

Retiro a cabeça de seu ombro no momento em que ele para o carro de frente a um portão idêntico ao de sua casa.

Essa casa também é dele? Ele disse que tem muitas, provavelmente é.

Entramos em uma garagem e ele desliga o motor.

Essa garagem é fechada, diferente da de sua casa original. Há uma porta lateral, e passamos por ela, chegando a um quintal gramado com um caminho de blocos de pedras que leva até a porta principal de uma discreta mansão, menor do que a primeira que conheci.

Ele só tem casas bonitas assim?

De fora não são tão atrativas, mas por dentro...

Desviando os olhos para o lado, avisto de longe um sofazinho de madeira redondo, feito de palha trançada. Sobre ele, um acolchoado e almofadas dispostas. Também tem plantas e luzes no canteiro do muro e uma piscina não tão grande.

Uau!

- Agora tu bebe, né não? Bora ali ajeitar uma parada pra gente tomar. - Guardando a chave do carro em seu bolso, ele passa por mim, caminhando sobre o gramado ao invés de fazer a pequena volta e ir pela passarela de cerâmica que dá nos fundos da casa. Ando atrás dele.

Noto um volume em sua camisa, na altura do cós da calça. Ele está armado.

A confirmação se dá assim que ele retira a arma e a deixa numa mesa de madeira que tem numa espécie de cozinha aqui, no fundo do quintal.

Ainda não me acostumei com as armas e me causa certa agonia.

A casa é silenciosa. Através das janelas não se vê luz lá dentro, somente as luzes externas estão acesas.

Donga abre uma geladeira branca perto de um fogão de quatro bocas - também branco - e de lá retira o que precisa para preparar nossas bebidas.

Não pergunta o que quero beber, serve dois copos de vidro achatados e largos, aqueles próprios para beber whisky. Adiciona gelo - que ele retira de um saco transparente no congelador -, energético tropical e me entrega um, indo direto até o sofazinho de palha redondo, espaçoso e aconchegante, ao lado da piscina.

Ainda mantendo a economia de palavras, me sento ao seu lado, intrigada com o que tanto ele mexe em seu celular. A resposta se dá em forma de música - precisamente trap -, que preenche o ambiente, saindo por uma caixa de som situada num canto da área.

Love no Morro da Liberdade 1Onde histórias criam vida. Descubra agora