Donga,
Não respondo mais a Eloá. Pela barra leio o que ela mandou, tem até foto, mas desligo a Internet.
Me deixou muito bolado hoje. Abri mão de várias pra tá com ela e a mina não faz a mínima questão, botando empecilho pra vir me ver, me deixando cheio de vontade, cheio de tesão. Se foder, rapá!
Tomei logo um banho e parti!
Nessa aí de romance, tô virando mó bundão; papo de nem colar mais nas resenhas com os amigos, ignorando as minas, babando feito trouxa por ela.
Hoje e amanhã Gereba armou uma paradinha na casa dele. A noite putaria, amanhã de tarde o momento das fiel. Ia trazer ela, nem ia encostar hoje, mas os planos mudaram.
Embico na casa com a escolta forte dos meus crias. As luzes estão apagadas, o ambiente é tipo boate, piscando luz colorida. Várias cachorras!
Elas logo me avistam conforme chego junto dos amigos, tocando com cada um.
— Milagre acontece, pô... — Cavera me enche o saco devido a eu ter recusado várias festinhas dessas nos últimos dias. — A que devemos essa honra?
Ele me oferece o que está bebendo e eu aceito, mas mando um dos moleques fazer o corre pra mim: muita vodka, pouco gelo e quase nada de energético.
Respondo o Cavera, sempre atento nas minas ao redor. Olhadinhas, sorrisinhos, aquelas coisa...
- Não tô morto, não, pô! - Finjo neutralidade. Por dentro, revoltadão.
- Caô, levou chá de boceta, pô! Não encosta mais com nois, qualquer festinha prive tá rejeitando! - Ele ri, a mão se fechando no queixo.
- Não tô aqui? Nada mudou, meu parceiro!— Pego o copo que o amigo trouxe. Bebo; tá meu agrado.
— Cadê a forte?Cavera sem enrolação, saca um do bolso, me entregando.
Boto pra subir, observando as novinhas dançando, no intuito de decidir qual vai embora comigo. Eloá não quis me dar, é isso mesmo!
Ligo a Internet. Nada de mensagem dela...
Não me considerava um cara bitolado, mas tô aqui agora pensando várias merdas, mesmo rodeado de mulher.
Por que ela tá diferente? Sempre ligo no mesmo horário, à noite, hoje não liguei e ela não me procurou.
O diabo assopra no ouvido, tá ligado?
Os amigos falam comigo, troco ideia, mas a mente avoadona.
Uma loirinha chega na roda de vagabundo, tirando o Cavera de canto. Troca duas palavras com ele, olhando para mim disfarçado. Cavera enrosca o braço no pescoço dela e os dois se aproximam de mim.
Ela é baixinha, blusa mostrando a barriga malhada com piercing no umbigo, corpinho cheio de curva, cabelo na altura do ombro.
— Irmão, essa aqui é a Tays! Esse é o Donga, o dono do Liberdade, relíquia! — Caverão estende o copo para mim, me apresentando. Como sempre, doidão. Bebe pra caralho, perde a linha legal.
— Oi, Donga! Disse a ele que queria muito te conhecer, não sabia se poderia chegar de cara... - A loira sorri, oferecendo a mão.
- Pode chegar, pô, não sou bicho... - Aperto sua mão, antipático; meu comum. Cavera sai fora de fininho.
- Desculpa, é que você é tão sério, entrou cheio de seguranças, tenho medo de ser mal interpretada se ir chegando assim. — Ela segura um copo; bebe dele.
O top é rosa, shortinho preto curto de cós alto até o umbigo, olhar provocante, rosto bonito... Pra foder qualquer uma serve, o foda é quando tu quer uma especifica.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love no Morro da Liberdade 1
Roman d'amourTudo ia muito bem na minha vida, até... o Donga aparecer e mudar tudo! Ele mudou verdadeiramente minha vida de uma maneira intensa. Quando vi, já estava envolvida por sentimentos até então desconhecidos por mim. Perdi a razão, a noção, os sentidos e...