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Arrastei Prya até o centro do salão da caverna com Lilian o tempo inteiro de olho em nós

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Arrastei Prya até o centro do salão da caverna com Lilian o tempo inteiro de olho em nós. Cal permanecia mais afastado com o macho ruivo daquela noite anterior ao seu lado, ele encarava inexpressivo a fêmea de olhos violetas que tentava se soltar a todo custo.

Bastou apenas um puxão forte nas algemas para que ela parasse de se mexer, Prya soltou um xingamento raivoso e encarou o macho a quem havia compartilhado informações valiosas esse tempo todo.

O pai de Lilian passou as mãos frias na manta surrada, sem demonstrar nenhuma preocupação com a fêmea presa sob mim. Eu havia descoberto essa conexão entre os dois através da semelhança entre Cal e Nicholas, ambos extremamente parecidos e, ao mesmo tempo, completamente opostos. Não foi difícil ver que Lilian também era a cópia da mãe, os olhos e os cabelos dourados entregava toda a linhagem da loira azeda.

Algo, no fundo do meu peito, me dizia que a noite estava prestes a explodir. Lilian nem mesmo conseguia esconder o profundo ódio de traição que sentia pela fêmea que eu segurava com força. Vi com meus próprios olhos as expressões da princesa se tornarem uma poça gigante de desapontamento e tristeza.

Eu não sabia qual era o relacionamento entre às duas, mas eu tinha certeza que Lilian havia levado Prya para a cama mais vezes do que pretendia. Era fácil notar os olhares entre às duas, Prya piscava tantas vezes para Lilian que cheguei a ficar enjoada com a cena.

E o fato de Lilian tornar suas relações com fêmeas um segredo me trouxe uma carta na manga perigosa, eu poderia facilmente subordina-la da forma que desejasse. Mas, eu deveria?

— O que é isso, Lilian? — Cal finalmente se manifestou, seus olhos azuis tão parecidos com de Nicholas, permaneciam distantes.

Lilian deu três passos para frente com o rosto moldado da mais pura frieza. Ela ergueu a mão limpando as unhas e encarou o próprio pai com uma superioridade surpreendente.

— Me pergunto o porquê de insistir em arrancar informações por trás das minhas costas, Cal. — Ela olhou para Prya que não teve coragem de encarar a princesa de volta.

— Me responda. Você a conhece? — Lilian apontou o dedo indicador para a fêmea que permanecia imóvel sob minhas mãos. — E é melhor não mentir. — A determinação e a frieza na voz de Lilian dizia o bastante sobre o seu temperamento.

Cal olhou para Prya uma, duas, três vezes antes de voltar a encarar a filha com o mesmo desprezo. Quando não respondeu, Lilian continuou.

— Se disser a verdade, deixarei você impune e não tocaremos mais no assunto. — Cal trocou o peso do corpo para a outra perna e um indício de sorriso se formou em seus lábios finos. Canalha.

— Você a conhece? — Lilian insistiu.

— Sim. — Ele respondeu com desdém e senti o cheiro forte de medo que irradiou de Prya com a confissão.

DEMÔNIO DE AZAHARAOnde histórias criam vida. Descubra agora