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"Nós fizemos isso, Ahri

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"Nós fizemos isso, Ahri. Veja." O príncipe-demônio sussurrou no meu ouvido conforme meus olhos percorriam o campo de batalha deflagrado.

O poder mais puro e valioso serpenteia em minhas veias. Não importa qual exército ou homem se colocar em meu caminho, ele será dizimado e enviado para o inferno pelas minhas próprias mãos.

Na esquerda, as bestas e os generais das trevas olhavam para mim, ansiosos para a revelação sobre quem eu serviria naquela batalha. E na direita, Lilian e seus exércitos também me olhavam, mais assustados e surpresos do que nunca.

"Consegue ver? Todos eles anseiam por você. Seu poder e sua força são valiosos, Ahri. Você tem o mundo em suas mãos." Um sorriso repuxou meus lábios ao ouvi-lo e caminhei até a frente do meu exército.

A cada passo eu podia sentir o poder ricochetear dentro de mim, louco para implodir sobre corpos frescos. E ao olhar sobre o ombro, encarei aqueles esqueletos que carregavam lanças e escudos.

Cada morte do meu passado agora estava ali, lutando por mim, servindo a verdadeira majestade deles.

"Olhe para eles." Meu rosto se virou em direção a fêmea loira e ao exército que a seguia. Tão fracos e expostos a derrota.

Acima da colina, Lilian me encarava com os olhos dourados arregalados. A armadura que vestia estava suja de sangue, mas ainda assim brilhava sob os primeiros raios de sol.

"Você pode escolher um lado e se beneficiar disso." Ele voltou a falar, mas meus olhos continuaram nela.

"Ou, você pode tomar todos eles. Dizime os dois exércitos, Ahri. Nós podemos isso." Virei o rosto e encarei o exército dos Camokyanos, uma tropa extensa de terror.

"Você pode." O príncipe-demônio por fim se calou e minhas asas se estenderam, abrindo no ar e reluzindo a pelagem negra brilhante.

Uma escolha. Lealdade, traição ou poder.

Ao respirar fundo, uma brisa fria encontrou minhas asas e reprimi a vontade de recolhê-las. Era estranho, a sensação de ter partes novas acopladas na minha pele, mas não importava quando isso me torna única.

Estendo as mãos a frente do meu corpo e invoco minha espada que brilha sobre minhas palmas. Seguro o cabo com força e sinto o peso dela com meu braço que parece mais poderoso do que jamais fora.

Ainda avaliando seu peso, ergo o olhar de volta para Lilian ao mesmo tempo que levanto minha espada na direção do seu coração, então sorrio quando suas sobrancelhas loiras se arqueiam com surpresa e choque.

Eu a enfrentaria, não seu exército, mas seu poder, sua força. E mostrarei ao mundo que posso superar qualquer um, mesmo o poder da princesa da luz.

Lilian estava errada sobre mim. Não sou igual a ela, nem a seus amigos, não importa o quanto ela tente enxergar, não sou igual a nenhum deles. Meu poder e minha glória sempre estarão em primeiro lugar.

DEMÔNIO DE AZAHARAOnde histórias criam vida. Descubra agora