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Se Ahri queria se sentir uma imperatriz, então eu a faria ser a própria se isso a fizer estar mais disposta para a batalha

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Se Ahri queria se sentir uma imperatriz, então eu a faria ser a própria se isso a fizer estar mais disposta para a batalha. Mesmo a odiando profundamente por pensar que eu deveria se ajoelhar aos seus pés quando abriu meus olhos sobre Prya, ainda sim, eu lhe entregaria tudo que exigisse pelo bem do meu povo.

Eu estava irritada, decepcionada, triste e me sentia traída por Prya, mas só precisei olhar uma última vez em seu rosto e dormir em minha cama para esquecer a existência da fêmea. Não permiti que isso me destruísse, nosso único compromisso era o sexo, mesmo que tivéssemos uma singela relação de amizade.

Minha taça estava com aproximadamente dois dedos de vinho enquanto eu aguardava pacientemente a chegada de Ahri ao RedBright. Como nevava intensamente lá fora, optei pela melhor mesa a dois, ao lado de uma grande janela que dava vista as ruas abaixo, iluminadas com a alegria pura de Orton.

Lembro de caminhar por essas mesmas calçadas quando ainda era pequena, mamãe segurava minha mão enquanto exploramos as lojas mais chiques do comércio, provando vestidos volumosos e peças brilhantes. Hoje, todos eles estão confinados em um armário empoeirado e esquecido do meu quarto. Uma memória tão fresca e ainda assim, tão distante.

- Vossa Alteza, sua acompanhante chegou. - Desviei meus olhos da janela e minha atenção se prendeu na fêmea de pé.

Ahri sorriu e meus olhos escorreram inconscientemente até o decote de seus seios, visíveis pela camisa levemente aberta. Ela limpou a garganta e percebi que o garçom estava de pé ali também. Esperando.

Dei um aceno de cabeça e ele se retirou formalmente com uma reverência demorada. Quando voltei minha atenção a ela, pude deslumbrar do seu visual mais detalhadamente. Ahri vestia uma calça de alfaiataria na cor preta e uma camisa levemente transparente com mangas longas da mesma cor. Uma roupa simples, mas que ainda assim trazia uma elegância na medida para o ambiente sofisticado.

Ahri puxou a cadeira e se sentou como uma rainha ao passar as mãos no cabelo negro. Ela me encarou com um olhar que me dizia muitos problemas pela frente, então se serviu da garrafa de vinho disposta na mesa. Ainda sem proferir nenhuma palavra, voltei a olhar as ruas iluminadas pela grande janela.

Pelo canto dos olhos, enxerguei Ahri encostar a taça de volta a mesa e limpar a boca com um pano branco, ela cruzou as pernas e notou que eu a encarava.

- Ainda irritada comigo, princesa?

Virei meu corpo para frente, afim de observa-la olho no olho. - Não, mas posso ficar. - Aquele mesmo sorriso brotou em seu rosto quando deixou uma risada baixa escapar, o pequeno som feminino trazendo uma sensação estranha na minha barriga.

- O que vamos comer? - Perguntou Ahri após um bom tempo nos encarando.

Uma música antiga e melancólica tocava de fundo quando um macho apareceu com dois cardápios logo após um mero gesticular de dedos meu.

DEMÔNIO DE AZAHARAOnde histórias criam vida. Descubra agora