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Meu corpo ardia em chamas, sem esperança de encontrar alívio em nenhum balde de água do mundo

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Meu corpo ardia em chamas, sem esperança de encontrar alívio em nenhum balde de água do mundo. A única cachoeira capaz de me refrescar estava ocupada na torre mais alta do castelo, celebrando seu aniversário com seus amigos íntimos.

Eu ignorei o estranho impulso de permanecer no quarto e compartilhar aquele momento especial com eles. Balancei a cabeça, afastando esses pensamentos. Essa não era minha posição, nem meu lugar.

Revoltada, irritada e cheia de desejo, teleportei de volta para casa às pressas, sentindo cada poro do meu corpo queimando por um ato ardente interrompido.

Enquanto atravessava a cidade em direção aos meus aposentos, minha mente voltava ao quarto de Lilian, relembrando o momento peculiar que compartilhamos. Meu objetivo não era apenas beijá-la, mas sim despertar algo profundo que estava adormecido dentro dela.

A princesa precisava de ajuda, e eu sabia que ninguém teria coragem suficiente para invadir seu espaço pessoal e enfrentá-la de frente. Por isso, tomei a iniciativa de assumir suas responsabilidades em relação ao acordo.

Mas, quando me vi sem saída, encurralada por sua ira e mergulhada em seus olhos cor de pôr do sol, minhas mãos agiram por conta própria e seguraram seu rosto.

Sim, uma parte obscura de mim odiava aquilo, mas outra parte me mostrava que eu ansiava por isso mais do que imaginava. Era uma confusão, certamente, mas eu não dava ouvidos nem importância às vozes que discutiam sobre o beijo.

No fim das contas, suponho que sejam apenas desejos carnais. Já fazia muito tempo desde que me envolvi com alguém na cama, pois não encontrava uma parceira digna o suficiente para receber minha atenção. Então, não há motivo para me preocupar.

Ao deixar minhas sombras se dissiparem e finalmente chegar em casa, observei meu jardim novamente sujo com o lixo que jogavam nele, mas naquele momento eu só me importava em aliviar o fardo que pesava entre minhas pernas. Impaciente, bati a porta com força, indo direto para os lençóis quentes da minha cama vazia.

Assim que me deitei e respirei fundo, ainda perturbada pelos minutos anteriores, fechei os olhos e desabotoei minha calça, deslizando minha mão para dentro da calcinha.

O simples toque dos meus dedos no meu ponto mais sensível me fez morder o lábio, e foi inevitável não pensar na falta da pressão do corpo de Lilian contra o meu.

Ainda mais irritada, balancei a cabeça tentando afastar a imagem da princesa loira dos meus pensamentos. Com meus dedos trabalhando entre minhas pernas, concentrei-me em imaginar algumas das mulheres que flertei durante as noites em que me aventurava pelos bares de Orton.

Não demorou muito para que eu me recordasse de uma feérica de cabelos louro escuro e olhos verdes. Fixei-me na memória dos seus lábios finos correspondendo aos flertes ousados que eu investia. Ofegante, mordi o lábio com mais força, satisfeita por ver meu plano funcionando.

DEMÔNIO DE AZAHARAOnde histórias criam vida. Descubra agora