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CAPÍTULO FINAL

Faltava uma semana para o solstício de inverno, e Lilian parecia cada vez mais ocupada com os inúmeros preparativos grandiosos que o ano anterior não pôde ter

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Faltava uma semana para o solstício de inverno, e Lilian parecia cada vez mais ocupada com os inúmeros preparativos grandiosos que o ano anterior não pôde ter. Por isso, bem agora, apenas eu e Daisy estávamos na sala de estar quando Lilian saiu logo cedo para resolver alguns assuntos no castelo.

A garota estava sentada no sofá, usando um vestido de tom azul clarinho, enquanto um livro infantil estava aberto e apoiado em suas pernas. Com a sobrancelha franzida, seus olhinhos passeavam pelas imagens ilustrativas de uma história cativante.

No outro sofá, de frente para ela, eu tomava uma xícara de café enquanto a observava. Gradualmente, as palavras de Lilian da semana passada rondavam minha cabeça mais uma vez.

— Daisy. — A chamei, e seu rosto se virou na minha direção quase imediatamente. — Venha aqui. — Dei duas batidinhas no assento ao meu lado.

Em silêncio, a garota pulou do sofá e caminhou em minha direção, passando as mãos na saia do vestido. Com minha ajuda, ela se sentou ao meu lado e me olhou, esperando alguma coisa.

— Você tem olhos muito bonitos. — Daisy disse de repente, e arqueei as sobrancelhas, surpresa com sua fala.

— Obrigada. — Alcancei seus cabelos e deslizei meus dedos em seus fios sedosos. — Os seus também são ainda mais bonitos.

— Lili fala isso o tempo inteiro. — Daisy sorriu tímida, lembrando-se dos elogios de Lilian.

— É mesmo, ela tem esse dom de deixar as pessoas envergonhadas. — Enviei uma piscadinha, e a garota soltou uma risada, fazendo algo dentro de mim descongelar.

— Posso te fazer uma pergunta? — Daisy acenou com a cabeça em confirmação.

— O que é essa cicatriz em sua perna? — Toquei o local, e ela acompanhou minha mão com os olhos.

Daisy mordeu a bochecha, rodeada de pensamentos enquanto eu esperava uma resposta. — Um machucado. — Ela disse.

— E quem fez esse machucado? — Acariciei sua cicatriz, e Daisy abaixou a cabeça levemente.

— Bruce. — Sua voz não saiu mais que um sussurro.

— Quem é Bruce, querida? — Apertei seu ombro levemente.

— Um homem estranho que tentou me pegar quando eu estava fugindo. — Ela se explicou e ergueu o rosto para me olhar, e senti meu sangue esquentar como uma onda perigosa de revolta e ódio. — Lili curou o machucado para mim.

DEMÔNIO DE AZAHARAOnde histórias criam vida. Descubra agora