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(Invisible String - Taylor Swift)

E não é tão bonito pensar que
Todo esse tempo existia alguma
Corda invisível
Amarrando você em mim?

Uma corda que me puxou
De todos os braços errados, direto para aquele museu
Algo envolveu todos os meus erros do passado em arame farpado
Correntes ao redor dos meus demônios
Lã para enfrentar as estações
Um único fio de ouro
Me amarrou a você

Uma corda que me puxouDe todos os braços errados, direto para aquele museuAlgo envolveu todos os meus erros do passado em arame farpadoCorrentes ao redor dos meus demôniosLã para enfrentar as estaçõesUm único fio de ouroMe amarrou a você

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Passaram-se seis meses, os melhores de toda a minha vida. À medida que o ano chegava ao fim, eu me sentia mais conectada a Orton do que jamais me senti em Kantis.

A vida seguia serena, com ritmo nos momentos adequados, exatamente como eu sempre desejei. Quando não estava ocupada com o trabalho, missões ou tarefas exigentes, estava ao lado de Lilian, amando e sendo amada por ela, desfrutando de tudo o que não pude experimentar ao longo de trezentos anos.

Caminhando por uma rua estreita afastada da cidade, ouvia Asdiel tagarelar ao meu lado, enquanto meus olhos analisavam meticulosamente todo o perímetro. Mais cedo, recebi a tarefa de vigiar um macho específico, que parecia demasiadamente acomodado com as generosidades do castelo.

— Ontem ele cozinhou para mim. — O ruivo disse entre suspiros.

— Se continuar falando de Leon com essa voz, juro que arrancarei minhas orelhas. — Brinquei, e meu amigo riu, empurrando-me suavemente com o ombro.

— Eu nunca reclamo quando é você falando de Lilian. — Ele rebateu e revirei os olhos com um sorriso, me recordando ligeiramente da loira na minha cama ao pôr do sol, logo depois de fazermos um sexo quente e carinhoso na varanda.

Lilian e eu estávamos mais próximas do que nunca. Todos os dias, compartilhávamos o mesmo espaço para dormir, tentávamos fazer as refeições juntas também e, aos poucos, nossas rotinas se harmonizavam. No entanto, às vezes isso não acontecia, porque ela permanecia no castelo enquanto eu ficava no conforto da minha casa.

E isso me incomodava profundamente; não poder compartilhar o mesmo teto com ela devido à minha aversão à ideia de viver em um castelo. Mas isso pode mudar.

A cada dia que passava, meu coração parecia bater mais forte por ela. Cada vez que acordava ao seu lado e olhava em seus olhos, tinha a certeza de que nunca havia sido amada de maneira tão pura e bela como naquele momento.

— Onde está esse merdinha? — Parei de frente a esquina de um bar bem acabado, que fedia a mijo e a coisas que não gostaria de descobrir.

— Bem ali. — Asdiel disse no exato momento em que a porta dupla do bar se escancarou e um homem de cabelos castanhos foi arremessado, dando uma cambalhota espalhafatosa no chão até rolar próximo aos meus pés.

O feérico gemeu e o cheiro de álcool alcançou meu nariz. O homem fedia terrivelmente.

— Ora, ora. — Enfiei minhas mãos nos bolsos da calça enquanto me agachava para encarar seu rosto oleoso e franzido. — Como vai, Flicher?

DEMÔNIO DE AZAHARAOnde histórias criam vida. Descubra agora