+18 | Ahri Darfin está presa em um mundo onde suas mãos estão permanentemente manchadas com sangue inocente e seus olhos perdidos a humanidade. Possuída por um príncipe-demônio de outro mundo, ela é forçada a embarcar em uma jornada dolorosa em busc...
Agindo como se não sentisse dor, você sabe que eu sei que você sente E você não pode entrar Quando você está perdido em seu orgulho Mas você não tem nada a provar
Fiquei acordado a noite toda A noite toda treinando minhas falas Mas é só a verdade Fiquei acordado a noite toda Não sei como dizer isso direito Tenho muito a perder
Nunca estive tão indefeso (oh) Nunca estive tão indefeso (ooh) Você continua construindo suas cercas (oh) Mas eu nunca estive tão indefeso (ooh)
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Segurando uma xícara de chá em mãos, diante da janela da sala do meu apartamento, eu observava Orton se recuperando da invasão feita por Suyn e suas bestas.
Entre as ruas chamuscadas, moradores e construtores se reuniam para realizar o máximo de reparos que podiam. Com habilidades mágicas, eles removiam os grandes entulhos e empilhavam grandes placas de madeira.
Dois dias haviam se passado desde a grande destruição. Lilian e Ahri tinham caído dos céus como duas lendas de um livro místico. Dois dias desde que encontrei um buquê pisoteado em frente ao meu apartamento.
Bebendo mais um gole do líquido doce e quente, respirei fundo e me virei no momento em que duas batidas soaram na porta.
Pensando que pudesse ser Ahri com novidades animadoras sobre sua nova fase de vida, coloquei a xícara sobre a mesa e corri para atender. Girei a maçaneta com entusiasmo e congelei meus movimentos assim que meus olhos se encontraram com os de Leon.
— Oi... — Ele começou tímido, os olhos opacos e os cantos da boca franzidos pelo nervosismo.
— Oi. — Passei a mão no cabelo para ajeitar meus fios rebeldes e endireitei os ombros.
— Eu... passei aqui ontem, mas você não atendeu. — Ele disse, sem conseguir olhar diretamente nos meus olhos.
— Estava fora, distribuindo cobertores na cidade. — Respondi e cruzei os braços, aguardando alguma reação diferente de Leon.
— Ah. — Ele passou a mão atrás da nuca, parecendo à beira de um colapso. Pelos deuses.
— Quer entrar? — Abri um pouco mais a porta, cedendo espaço para que ele passasse.
— Com licença. — Leon finalmente deu passos largos e entrou, ao mesmo tempo em que tirava o casaco que vestia.
Ao fechar a porta, me virei para ele e observei-o encarar o cabide ao lado, hesitando sobre onde pendurar seu casaco.
— Existe algum motivo específico para sua visita, Leon? — Perguntei impaciente, sentindo uma onda de náusea toda vez que me recordava das palavras de Leon, confessando ter dormido com outra pessoa enquanto estive fora.
