Capítulo 16 Isabela

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Depois de usar o banheiro lavei as mãos e passei um pouco de água na nuca em uma tentativa de me acalmar.

Olho meu reflexo no espelho e suspiro.

- Coragem Isabela! Você vai ir para a casa dele e vocês vão conversar, ele desmontou interesse em você então talvez ele desista de tudo aquilo, pensa positivo! Falo encarando meu reflexo no espelho.

- Moça, você está bem? Ouço a voz feminina trás de mim e acabo dando um pulinho de susto.

Olho na direção da porta onde uma moça com traços orientais vestida com uniforme de enfermeira me encara como seu eu fosse um dos pacientes da ala psiquiátrica que tivesse fugido.

Apesar de estar morta de vergonha neste momento, não julgo. Eu também pensaria a mesma coisa se visse uma pessoa falando com o espelho.

-Estou. Respondo em um fio de voz com um sorrisinho sem graça.

Me apresso em caminhar para fora do banheiro deixando a moça me olhando com cara de interrogação.

- Você demorou já estava preocupado! Tomás fala assim que passo pela porta do banheiro me assustando novamente.

- Que susto! Será que hoje é o dia de assustar a Isabela? Falo colocando a mão no peito.

- O que? Ele fala endireitando a postura, tirando as costas da parede onde ele estava encostado.

- Nada, esquece. Falo balançando a cabeça.

- Vamos então, seu carro está no estacionamento?

- Sim, o seu também está?

- Bom na verdade pensei que pudéssemos ir com o seu carro, o meu estava precisando fazer uma revisão periódica, como vamos para o mesmo lugar liberei meu motorista para fazer isso e pensei em ir com você, tudo bem?

- Claro!

Caminhamos juntos para fora do hospital em direção ao estacionamento, assim que chegamos no carro tirei a chave da bolsa e entreguei ela para o Tomás.

Primeiro por que eu me sinto nervosa e dirigir com ele ao meu lado me deixaria mais nervosa ainda e segundo por que eu não lembro o caminho para a casa dele já que não única vez que estive lá chegue apagada e quando sai estava perdida de mais na minha cabeça para prestar atenção no caminho.

- Dirigi você! Falo quando ele levanta uma sobrancelha para mim.

- Posso perguntar por que não quer dirigir seu próprio carro? Ele pergunta e eu resolvo omitir uma parte do motivo.

- Por que honestamente não prestei  atenção no caminho no outro dia, assim você não precisa ficar me ditando o caminho, a não ser que você se importe dirigir? Falo a última parte torcendo para dizer que dirige.

- Não, eu não me importo, na verdade prefiro! Ele fala me fazendo olhar para ele com os olhos semicerrados enquanto entramos no carro ele do lado do motorista e eu do passageiro.

- O que isso quer dizer? Que não confia na minha direção? Questiono cruzando os braços.

- Eu não disse isso, eu confio em você dirigindo, só que eu confio mais em mim! Ele fala me fazendo abrir a boca em descrença.

- Só para você saber eu dirijo muito bem viu! Eu deveria fazer você trocar de lugar comigo só para você vê! Falo fazendo ele rir.

Tomás girou a chave na ignição fazendo o motor ganhar vida e logo estava saindo da vaga.

- Não fique chateada o fato de eu preferir dirigir não tem a ver com você, tem a ver comigo! Ele fala desviando o olhar da rua por poucos segundos antes de voltar a olhar para frente.

Trilogia Amigos: Minha Tentação - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora