Epílogo

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Eu quis tanto ter você

Quando você não me quis

E agora a gente é feliz e ponto

Com amor se paga amor

E o ditado é quem diz

Que a gente ama assim sem dar desconto

Deixa ser mais leve que você

Essa coisa que faz flutuar

Deixa que te faça entender

Tanto, quanto

Já te fez sonhar sem perceber

Já te fez querer sem duvidar

Deixa esse amor cadenciar, manso

Feliz e Ponto - Silva

— Ufa, finalmente! — Julia colocou a última decoração em seu devido lugar. — Estava com medo de Helena não conseguir segurar o Léo no quarto por tempo o suficiente!

Toda a sala estava decorada com balões azuis, a cor preferida do rapaz. Havia bonequinhos de super-heróis margeando a mesa, que continha um bolo em seu centro; na parede, um letreiro preto dizia "Parabéns, Léo!"

Dominick desceu da escada, tendo terminado também o seu trabalho com a decoração de cima. Serpentinas caíam do teto, estrategicamente posicionadas pelo rapaz e por seu namorado, Lucas.

— Helena consegue segurar o Léo pelo tempo que ela quiser. — Brincou o milionário. Do outro lado da sala, Lucas descia de uma cadeira.

— Com todo o respeito... — Raquel pós uma tigela de salgadinhos na mesa. Ela havia cozinhado todos eles. — Mas, se me permitem, a ruiva dos lábios de sangue é capaz de segurar qualquer um.

E, dito isso, a garota arrancou uma risada de todos os presentes: Douglas, Júlia, Dominick e Lucas.

— Sinceramente, não sei como vocês conseguem... — Brincou o namorado de Dominick. — Eu não dividiria meu homem com ninguém.

E puxou Dominick para um beijo singelo, fazendo o ricaço sorrir.

— Mas seria dividido? Porque, sinceramente, Lucas... — Júlia o olhou de cima a baixo. — Você é um gostoso.

Lucas ficou vermelho, mas os demais se acabaram na risada — Inclusive Dominick.

— Sinto muito em frustrar sua tentativa, Júlia, mas Lucas não gosta de mulher. — Dominick respondeu. — Não é, amor?

— Positivo. — Lucas já havia se recuperado do constrangimento e embarcado na brincadeira.

— Ah, que pena. Bom, fica para outra vez. — Júlia piscou. — Falando sério, eu acho incrível que Helena consiga ministrar um namorado e uma namorada ao mesmo tempo. Você não tem ciúmes, Raquel?

— Ciúmes? Não. — Negou a baixinha. — Eu tinha no começo, mas me desprendi aos poucos dessa ideia monogâmica de afeto que a gente tem. Entendi que Helena é capaz de amar a mim e ao Leonardo, e isso é incrível. Ao invés de rivais, agora eu e ele somos amigos. Acho muito mais saudável manter uma relação assim do que forçar a ruiva dos lábios de sangue a fazer uma escolha com a qual ela não estaria confortável.

Nunca Mais Seremos os MesmosOnde histórias criam vida. Descubra agora