Capítulo 2

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She's a killer queen

gunpowder gelatine

Dynamite with a laser beam

Guaranteed to blow your mind

Anytime.

Killer Queen - Queen

As três primeiras aulas foram de uma agonia torturante. Leonardo jamais havia se sentido mais entediado em toda a sua vida; Não tinha uma boa relação com a matemática e nem com a física, mas estes dois monstrinhos pareciam um pouco piores naquele dia.

Ele não era o único a estar farto das primeiras aulas do dia: À sua frente, dois meninos brincavam de jogo da velha. Do seu lado esquerdo, uma moça desenhava croquis no caderno e, à direita, Helena parecia completamente indiferente a qualquer coisa, com um fone em cada uma das orelhas, absorta em sua música. E, Leonardo notou, o som estava realmente alto. Alto o suficiente para incomodá-lo, mas aparentemente não alto o suficiente para mobilizar as pessoas ao seu redor.

Ei. 一 Ele cutucou a garota que fazia croquis, uma moça gordinha de cabelos lisos com mechas rosas. 一 Você poderia pedir para a Helena abaixar o som, por favor?

A garota o encarou como se ele fosse estúpido.

Você acha que EU irei perturbar a paz de Helena? 一 E, em seguida, balançou a cabeça para os lados. 一 Não, senhor. Se você realmente quer arriscar a pele de alguém, então arrisque a sua própria.

Leonardo assustou-se. Helena não era a pessoa mais amigável do mundo, de forma alguma, mas seria ela uma ameaça?

Não... A garota estava exagerando. Leonardo convenceu-se disso. Respirou fundo, encheu-se de coragem e cutucou Helena pelos ombros, que imediatamente virou-se em sua direção com uma expressão pouquíssimo amigável.

O que você quer? 一 Grunhiu ela, nitidamente descontente, enquanto retirava um dos fones de seus ouvidos. Leonardo sentiu suas mãos suarem por um momento, mas ainda assim continuou.

A música... 一 Sua boca estava seca. De repente, essa tarefa não se parecia mais tão fácil. 一 Está alta. Você poderia, sei lá... Abaixar?

Vindo de Helena, este campo minado que ele não conhecia direito, qualquer reação era possível; No entanto, ela pareceu se divertir com a ousadia do garoto e soltou uma risadinha de canto de boca.

É tão bonitinho que você tenha me incomodado para isso. 一 Ela parecia encará-lo como uma criança. Inocente e estúpida. 一 A maioria das pessoas não teria coragem de fazer isso. Bem, talvez você também não tenha daqui a alguns dias.

E, atendendo ao pedido do garoto, Helena abaixou o som de seu celular. Nada se passava na mente de Leonardo além de um grande ponto de interrogação; Quem era aquela garota?

Por que eu teria medo de você?

Ela gargalhou, alto o suficiente para que, em um raio de três carteiras, as pessoas se virassem para observar a desgraça de Leonardo.

Porque eu já matei três pessoas. 一 Disse ela, sem desmanchar o sorriso do rosto. Leonardo arregalou os olhos, desconcertado.

Isso... Isso... 一 Lhe faltava ar. 一 Isso é sério?

Ela riu sozinha novamente. A mente daquela garota era algo simplesmente indecifrável.

Claro que não. Ainda. 一 E piscou. 一 Você é tão bobo. Não existiam pessoas como eu na escola de mauricinhos de onde você veio?

Nunca Mais Seremos os MesmosOnde histórias criam vida. Descubra agora