The Daughter of Aphrodite - Luke Castellan

Capítulo oito

Um mês depois.

   Outra noite conturbada, o primeiro sonho foi um pouco menos traumatizante. Um caixão grande e todo em dourado, com figuras de batalhas cravadas nos lados. Ele era bem gelado e brilhante. Haviam vozes ao meu redor, se eram pessoas ou monstros, eu não sabia, não conseguia entender o que diziam, nem ver quem eram, o foco era a grande caixa. Estava lá o mesmo meninos de antes, com boné igual ao de Anabeth, parecia tão curioso sobre o sarcófago quanto eu. Essa não foi a segunda vez que sonhei com algo do tipo.

   Porém estranhei quando o sonho mudou, eramos eu e Luke, estavamos andando na praia, eu estava correndo com um sorriso no rosto, ele vinha atrás de mim sorrindo também, ele me pegou pela cintura e nos beijamos.
  
    Houve outra mudança, dessa vez eu podia compreender o que era dito. "Vem comigo Rose, eu preciso de você.", "E- eu não posso,... Luke se escuta, olha o que você está me pedindo!" Eu estava em prantos, ambos com lágrimas, ele me deu um beijo, se virou e foi embora.

   Já de manhã, dessa vez sem ninguém para me acordar, alguns de meus irmãos ainda estavam dormindo, outros já saindo do chalé.

   Fiz minha rotina, ficar pronta, ir ao pavilhão para comer e ter alguma aula. Dessa vez teria aula de grego antigo, então fui, e é muito mais fácil ler e escrever assim do que em português.

   Tinha um tempo livre antes do próximo treino, que seria na arena, provavelmente com Luke. Bem durante esse tempo, eu sentei em um deque na praia, e comecei a ler um livro grego que tinha pegado emprestado, era um romance bem interessante.

   Dez e cinquenta, eu fui até a arena treinar, e como previsto encontrei Luke.

   -Oi Rose! Bom te encontrar, não te vi ontem.

   - Oi! Bom te ver também, - eu estava desconfortável em conversar com ele depois dos meus sonhos na noite anterior. - eu estava na parede de escalada, passei a tarde treinando lá, mas e você?

   -Vim treinar também, mas depois de um tempo fui andar na praia, e resolver umas obrigações de monitor. Está preparada?

   -Estou, podemos começar.

   Apertei minha pulseira, e a mesma se tornou uma espada de bronze celestial em mimha mão, Luke começou me atacando, defendi cruzando nossas espadas, empurrei a dele girando a minha, era minha vez de atacar, porém não quis ir por cima pois, seria muito fácil de ele me chutar, levantei um pouco Esperança, dando a entender que seria um golpe mais alto. Ele passou a espada no ar defendendo o suposto golpe, e como dito tentou me dar um chute no peito, minha espada passou em seu braço direito e raspando em sua perna esquerda que voltava ao chão, fazendo com que Luke recuasse.

   -Você melhorou, onde aprendeu isso?

   -Meu pai, ele sabe lutar.

   Ele veio com Mordecostas, nome de sua espada, na altura de meu pescoço, na intenção de me fazer parar, mas abaixei, porém não rápido o suficiente, e levei um corte em minha testa. Recuei esperando ele vir novamente, quando ele tentou me atacar, cruzei nossas armas mais uma vez, e então lembrei de um movimento na qual ele mesmo me ensinou, é como um giro de espada, passo a minha por cima e depois por trás da dele, e ela voa de suas mãos, deixo Esperança com a lateral de sua lâmina em seu pescoço.

   -Perto de mais. -Ele disse.

   Me deu chute em meu peitoral, me fazendo cair, recuperou Mordecostas, e  levantei, porém ele já estava atrás de mim com sua arma encostada em meu pescoço.

   -Eu disse que venceria a próxima. - Ele falou baixo, com seu rosto bem perto do meu ouvido, me causando arrepios, coisa que tenho certeza de que ele percebeu.

   -Quer uma dica? Se vai ameaçar alguém, pelo menos a corte um pouco!

   Eu não ia me dar por vencida, eu fui criada ganhando tudo que queria. Isso me faz ser mimada? Provavelmente, mas agora já foi!

   Dei uma cabeçada em Luke, que abaixou sua espada, e andou para trás, tropeçando em uma pedra, e a deixando cair em minha mão, entre seu pescoço e armadura havia uma outra parte descoberta, onde finquei a ponta de Esperança o deixando imóvel, e sem outra opção além de se render, para que não tivesse uma espada atravessando seu corpo.

   -Okay, você venceu. -Dito isso retirei minha espada que se transformou novamente em uma pulseira. - O que seu pai é?

   -Empresário, mas ele sempre gostou de lutar, quando fiz onze anos ele começou a me ensinar.

   -Ele daria um ótimo professor aqui!

   -Também acho! - Falei em um tom convencido, nos fazendo rir.

   -Segunda rodada?

   -Bora!

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