The Daughter of Aphrodite - Luke Castellan

Capítulo oito

Acordei meio assustada, eu realmente havia conhecido minha mãe, ou era só coisa da minha cabeça? Teoricamente, ambas as opções são ilusões, já que eu estava dormindo.

   "Sempre terão retornos.", essa frase não vai me deixar em paz tão cedo. Não sabia como me sentir. Eu plenejava várias opções de como seria quando conhecesse minha mãe, mas, o que eu espero ser a realidade, foi bem diferente de tudo que eu tinha imaginado.

   Já que não poderia usar minha espada, ou um arco, nem subir a parede de escalada, só me restava um tipo de treino, corrida. E aulas de grego antigo, mas isso é pra depois.

   Coloquei uma uma legging, um top e uma regata por cima, além de um tênis é claro. Não fazia sentido colocar maquiagem se eu sabia que iria suar, então, não coloquei nada mais que um hidratante facial e um protetor.

   Foi um café da manhã bem calmo. Silena e Mike ainda se arrumavam no chalé. Os dois me fizeram várias perguntas sobre meu punho, mas dei a eles a mesma desculpa que havia usado com Andrew.

   Verifiquei se meu cadarços estavam bem amarrados, e segui para a praia. Eu já estava com a mão enfaixada, não precisava machucar o pé também.

   Deuses, como o som do mar é bom! É uma linda vista, e um lugar extremamente relaxante. Devem estar cansados de me ver falar sobre isso. Mas é impossível não comentar sobre.

   Não faço a menor ideia de quanto tempo passei nesse lugar. Mas, fui obrigada a parar quando senti um impacto contra meu corpo.

   -Não vá cair amor!

   -Luke! - Um sorriso genuíno tomou vonta de nossos rostos. - Meus deuses como senti saudades suas! - o abracei e imediatamente ele retribuiu.

   -Somos dois. - Ele se afastou e olhou para mim. - Como se sente? Você sabe, sobre... a coisa da sua avó.

   -...Melhor que antes. Mas isso não é sobre mim. - Quando o olhei melhor, reparei em algo que não tinha visto antes. - Você tá sangrando! Precisa ir a enfermaria.

   -É só uma mancha, já estou melhor. Você é tão linda quando está preocupada. - Ele sorriu para mim, e sabia que havia me deixado com vergonha.

   -Isso é sério Luke! Mesmo que já esteja "bem", essa ferida pode infeccionar.

   -Se eu for à enfermaria, vai me dar um beijo?

   -... - Eu estava completamente corada.

   -Trato feito? - Ele não conseguia parar de sorrir, estava se divertindo com minha reação.

   -Feito.  - Quando ele pegou na minha mão para irmos juntos, percebeu a faixa que a envolvia e olhou para mim. - Foi um descuido.

   -Tem certeza?

   -Sim. Andrew me ajudou.

   Luke e eu revesavamos nossos olhares entre nossas bocas e olhos, até que não aquentamos, e tivemos que nos beijar.

   -Esse não foi o trato. - Eu ria enquanto falava.

   -Ninguém disse que não haveriam beijos antes da enfermaria. - Ele me acompanhou na risada.