Capítulo vinte e seis

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P.O.V. Rose

   Hoje foi um dia extremamente estressante, não por ter ficado na enfermaria, mas sim pelas partidas de vôlei que eu e Annabeth perdemos.

   -Rose fala comigoooooo!

   -Eu ainda estou brava com você, senhor Castellan.

   -Mas por quê?

   -Fala sério PINSCHER RAIVOSA?! Eu sei que sou baixa, mas pinscher já é demais.

   -...vai continuar se eu fizer isso?

   - Isso o que? - Ele me deu um selinho. - Talvez. - Ele me deu outro, e outro, até eu virar e sair andando.

   -Sério? - Ele falou, mas dei de ombros.

   Ele veio até mim, e me colocou contra uma árvore, e finalmente nos beijarmos de verdade.

   -Você queria isso não é?

   -Pode apostar! Boa noite Castellan.

   Não pergunte o que aconteceu, porque sinceramente, nem eu sei, mas foi uma sensação TÃO boa. Porém no momento em comecei a dormir, ela foi embora.

   Eu parecia ter uns vinte e um anos, estava dentro de um banheiro, meu cabelo estavade outra cor, e bagunçado, tinha sangue por toda a pia, e uma garrafa de bebida na bancada. Os cortes em meus braços não pareciam me incomodar tanto. "Quer um conselho?", não sabia se era real, se estava falando comigo. "Não se apegue demais as pessoas ao seu redor.".

   Acordei, assustada e suada, olhando tudo ao meu redor. Devia ser umas cinco da manhã. Eu até poderia voltar a dormir, mas sabia não conseguiria. Coloquei uma legging, uma blusa de manga comprida, e fiz um rabo de cavalo. Desviar dos olhares da harpias, não era algo fácil, mas consegui chegar à praia sem chamar a atenção delas. Eu corri aquela praia inteira, de uma ponta a outra, umas cinco vezes.

   Já estava amanhecendo, e a última coisa que eu queria, era ter de responder perguntas sobre onde eu estava, porquê eu fui correr e etc. Voltei ao chalé, fazendo o mínimo de barulho que consegui, e depois fui fazer minha rotina matinal.

   "São só três dias para voltar para casa Rose, não se preocupe". Eu repetia para mim mesma. Coloquei um sorriso no rosto e sai do banheiro.

   Meus irmãos e irmãs já estavam começando a se arrumar. Eu peguei um livro em meu baú, para ler durante o café, e depois da aula de arco e flechas.

   -Bom dia flor. - Luke sussurou em meu ouvido.

   -Olha eu sou a favor de apelidos, mas flor? Não valeu.

   -Okay então senhorita Apelidos. Como foi sua noite?

   -A- ah minha noite foi muito boa, e sua? - Engoli seco.

   -Muito boa também. Te vejo depois. - Ele beijou minha bochecha, e foi até sua mesa.

   Não gosto de mentiras, odeio ter que mentir para as pessoas que fazem parte da minha vida. É só que eu não me sinto confortável em compartilhar esses sonhos. Além de tudo o sonho que tive essa noite, foi provavelmente o mais angustiante até agora.

   "Não se apegue demais", esse trecho rodava minha mente. Fala sério ainda era de manhã, terminei meu café, e fui ler o livro.

   Quem disse que eu conseguia. Ler duas páginas sem me distrair, era o desafio do dia. O máximo que li foram quinze páginas, em um intervalo de tempo de mais ou menos duas horas.

   Eu ainda tinha um tempo antes do treino de arco e flecha. Então fui até a parede de escalada. Mano aquilo era bem divertido na real, e foi quando dei o primeiro sorriso de verdade aquele dia.

   -Vamos Rose! - Silena me chamou.

   Fui até ela, e juntas seguimos até o treino.

   -Já falou com Charles?

   -Por que raios vocês me enchem o saco sobre isso?

   -Porque vocês dariam um casal extremamente fofo Lena! Sem contar de que o fato de você estar corada já diz que gosta dele.

   -O qu- Mentira!

   -Gaguejou, perdeu o argumento! -ela me deu um tapa fraco no pescoço.


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The Daughter of Aphrodite - Luke CastellanOnde histórias criam vida. Descubra agora