Capítulo dezenove

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Mais um sonho. Porém, pela primeira vez em muito tempo não era com Luke. Era na verdade uma lembrança antiga minha. "Vamos Rose." Umo garoto chamava, "Espera Victor. Não é justo, você mais velho que eu!", eu dizia. Estávamos nos divertindo, acho que eu tinha uns quatro anos, e Victor sete.

    E como esperado, tudo mudou. "Cadê ele papai?", perguntei, " Ele está melhor  meu amor." Meu pai falava com inúmeras lágrimas escorrendo. Acordei assustada, faziam anos que não ouvia sobre ou sonhava com esse menino.

   Depois dessa madrugada, depois desse sonho, eu não estava nada bem. Victor foi parte da minha vida, e eu não sabia como, nem o por quê de ele ir tão derrepente.

   Meus amigos e irmãos prepararam uma surpresa incrível para mim ontem, e eu não podia sair pelo Acampamento com uma cara de cú por causa do sono que tive. Por isso coloquei uma roupa confortável para treinar, e um sorriso no rosto. Só porquê meu dia não começou bem, não quer dizer que o dia das pessoas ao meu redor também tem que começar com o pé esquerdo.

   Fui ao pavilhão tomar meu café da manhã, e esbarrei com Luke na entrada.

   -É bom olhar para frente quando anda sabia baixinha? - Ele falou brincando, e segui seu tom.

   -Não é minha culpa se você é muito alto meu anjo!

   -Estou agradecido pelo apelido, eu sei que sou demais! - Nós rimos.

P.O.V. Luke

   Essa manhã notei que uma marca começou a aparecer em meu ombro esquerdo. Eu só precisava saber se Rose tinha o mesmo desenho em seu corpo.

   Porém, apesar de minha curiosidade, não parecia ser o momento certo.

   -Parece cansada. Está se sentindo bem? - Eu sabia que por trás daquele sorriso tinha algo.

   -Ah eu estou bem. Só dormi de mal jeito mesmo.

   -Tem certeza? Posso te fazer uma massagem se quiser.

   -Tenho sim, mas obrigada.

   Ela foi em direção à sua mesa começou a conversar com os irmãos, mas depois foi comer.

   -Olha deveria perguntar à ela sobre a marca.

   -Pelos deuses de onde vocês dois surgiram? - Travis e Connor sabiam muito bem como me dar sustos as vezes, algo que era meio irrtante, mas costumava relevar.

   T- Não foge do assunto!

   C - Por que não pergunta logo?

   - Porque não é o momento certo okay? Vão arrumar algo para fazer.

   Por que raios eu fui falar isso? Os Stoll se olharam e sorriram. Merda. Era isso que eles iam fazer, provavelmente com o chalé de Ares. Dei graça por Clarisse não estar ali esse ano. Clarisse era líder, e a mais brava de seu chalé.

    Não que eu não gostasse de uma boa pegadinha, mas já era a vigésima com os filhos do deus da guerra em quase três meses. Qualquer um que se preze não vai mexer tantas vezes com eles em um tempo tão curto.


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The Daughter of Aphrodite - Luke CastellanOnde histórias criam vida. Descubra agora