Capítulo seis

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P.O.V. Rose

   Era a vez do chalé dez de cuidar dos estábulos, mas nós ainda tínhamos um tempo antes de começar.

   Eu fui até a arena treinar, até porquê fazia um tempo desde a última vez. Me perguntava se aqueles bonecos de palha eram cuidados por alguém, sinceramente o estado deles era de dar dó.

   Desativei meu bracelete, e Esperança apareceu em forma de espada em minhas mãos. Girei ela e comecei a fazer alguns golpes contra o boneco que estava na minha frente. Parecia que quanto mais eu investia, mais brava eu ficava, mais lembranças ruins voltavam e mais eu queria chorar.

   Eu nunca tive nenhum contato com minha mãe, aprendi a fazer tudo sem ela, claro que eu sentia sua falta nas minhas apresentações de dia das mães nos colégios, eu via as mães dos meus colegas irem buscá-los na escola, mas foi uma dor que tive de aprender a lidar.

   Acho que estava tão preocupada com Luke, que isso abriu espaço espaço para que muitas das minhas dores e dúvidas invadissem minha mente ao mesmo tempo. A falta de presença da minha mãe, a perda do meu irmão, a morte da minha avó, o que aconteceria quando meu pai se fosse também, o que Luke estava passando. Eram tantos pensamentos.

    Estava tentando tanto focar em não chorar alí, que de um minuto para o outro, uma dor tomou conta de meu punho direito, me fazendo parar e deixar a espada cair no chão.

   -Ah que ótimo! Realmente inteligente da sua parte treinar sem prestar atenção Rose.

   Desativei a espada colocando ela em meu braço, e comecei a alongar meu punho na esperança de isoo aliviasse a dor física que sentia.

   -Rose. - Me virei ao ouvir meu nome ser chamado.

   -Quíron! - Escondi meu punho atrás de meu corpo. - Bom te ver de novo!

   -Digo o mesmo. Por que não me acompanha até minha sala?

   Fala sério eu não poderia ter feito nenhuma merda nesses dias né? Tipo fazem o quê? Três dias que eu cheguei?

   -Como foi o seu ano Rose? Soube que você perdeu alguém da sua família. Sinto muito. - Que? ele sabia? Todo mundo sabia?

   -Ah, tirando isso foi... uma ano comum na verdade. Mas como o senhor descobriu?

   -Seu pai quiz ter uma conversa antes do início desse verão, e tive outra com o senhor Castellan depois de sua volta. Se te conforta, nenhum deles me disse quem foi.

   -Tá tudo bem.

   -Acho que você deve saber que não te chamei aqui para falarmos sobre isso. - Eu acenei com a cabeça. - Como estão seus sonhos Rose? Os mesmos de antes?

   -A- Ah ele- - Era impossível mentir com alguém te olhando no fundo dos seus olhos, era como se ele lesse minha mente. - eles continuam. Não os tenho todos os dias, mas eles vêm com frequência.

   -Poderia me dizer como eles são?

   -Raramente vejo algo. Normalmente são vozes, elas me falam sobre muitas coisas. Parecem que tentam sempre me avisar sobre o futuro. Mas algumas delas... também me lembram do passado.

   -O que elas falam? Alguma coisa sobre profecias?

   -...A que mais me lembra uma professia, foi recitada uma vez verão passado... "A Oeste seis buscarão a deusa acorrentada.", "Um se perderá na terra ressecada", "Pela mão do pai, um irá expirar."

   -...Será melhor observamos com cuidado esses sonhos, Rose. Sei que algumas dessas vezes podem as vezes não parecer significar muito, mas nem sempre é isso. Está liberada. Explicarei para Silena o porque de você não ter ido ajudá-los na tarefa de hoje.

   -Obrigada Quíron.

   -Rose.

   -Sim?

   -Sei que está preocupada com Luke. Mas ele vai ficar bem.

   -Eu espero.

The Daughter of Aphrodite - Luke CastellanOnde histórias criam vida. Descubra agora