Capítulo dois

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28 / 6 / 2004

   Correndo pelas ruas de Nova York de um monstro com asas com um amigo de muletas, pode até não ser o melhor de jeito começar o dia, mas se meu professor de Ed. Física me visse estaria orgulhoso.

   - Me dá o seu celular!

   Não questionei, apenas entreguei para ele. E o filho da mãe jogou na rua!

   -Você 'tá loco porra?!

   -Não é uma boa ideia carregar um celular quando se é um semideus!

   -Quando se é um o quê?

   -Te explico depois, precisamos matar logo essa fúria.

   -E como sugere que façamos isso gênio?

   - Com uma lâmina de bronze celestial. Entra nesse beco!

   Grover comçou a tirar as calças, assim simplesmente do nada!

   - O que caralhos você está fazendo?!

   -Tentando te manter viva! - Ele pegou do bolso da calça uma adaga bem bonita na real, mas a questão é: por que raios ele carrega isso com ele?

   Quando terminou de tirar sua roupa de baixo, para minha surpresa ele é metade animal, mano ele tem cascos?!

   - Mas que porra você é?

   - um sátiro! Agora vamos, acho que despistamos ela por algum tempo.

   Na hora em que saimos do beco uma van preta apareceu. E Grover me madou entrar, eu não ia continuar correndo por muito tempo, e confiava nele então entrei. E tinha um cara muito estranho dirigindo, mas preferi ignorar esse fato.

   - O que está acontecendo? O que é uma fúria, por quê você é metade animal, e mais o importante, qual é o motivo de eu não ter mais meu celular?

   - Rose, me escuta! O monstro na qual estamos fúgindo é uma fúria, um monstro da mitologia grega vinda do submundo, mas chamamos elas de benevolentes, eu sou um sátiro aliás metade bode, e você... é filha de um das deusas gregas, uma semideusa, uma meio sangue, e pessoas assim não deveriam ter um celular já que é quase um G. P. S. para os monstros virem até você.

   -kakak... como é que é?

   -Olha eu sei que é muito para digerir, mas temos que ir para o Acampamento Meio Sangue,  o único lugar seguro para nós.

   -Não posso, eu preciso falar com pai, ele não deve nem saber onde estou agora, e as minhas roupas?!

   - Seu pai sabia que esse dia chegaria, e não se preocupe avisaremos ele quando chegarmos, e acredite suas roupas devem ser sua última preocupação no momento.

   Não sabia como reagir, só olhei pela janela e vi que estavamos num lugar quase deserto, e com muita área verde.

   - Você está bem?

   -Estou... eu acho,  então... eu sou filha de alguma deusa grega, e tem um monstro atrás de mim. É... pelo menos agora eu sei mais ou menos o por quê nunca conheci minha mãe.

   -Os deuses não podem interferir diretamente na criação de seus filhos, Zeus proibiu isso algum tempo atrás.

   -Ah nossa que ótimo.

   A van nos deixou de frente á uma colina. Grover começou a subir rapidamente, e eu é que não queria ficar para trás. Estava tudo calmo de mais, algo iria dar errado.

   Dito e feito, no meio da subida a criatura apareceu novamente, meu amigo falou para que andarmos mais depressa, porém era óbvio não ia adiantar.

   - Rose! Aperta o botão na pulseira! - A fúria estava cada vez mais perto, então fiz o que ele disse, e ela virou uma espada de broze em minha mão.

   Deixa eu explicar, no caminho para cá Grover havia me dado uma pulseira feita com um metal chamado bronze celestial , e me disse que ela provavelmente me ajudaria em muitas ocasiões, coisa que eu não tinha acreditado, mas aqui está ela.

   O monstro veio na minha direção e meu primeiro instinto foi usar a espada contra ela, mas uma de suas garras arranhou meu ombro me causando uma puta dor. Grover chamou a atenção dela para ele, e tentou usar sua adaga, e aqui entre nós, me pareceu que ele não fazia ideia do estava fazendo.

   Não sabia se ele daria conta dela, então resolvi tentar ignorar a dor e ajudar ele. Joguei uma pedra nela, e aquela coisa veio para cima de mim de novo, e eu a ataquei com a espada, algo que pareceu funcionar, ela já não estava tão próxima de mim, comecei a ouvir uma música bem estranha vinda de uma... flauta de bambu? Sei lá o que era aquilo mas a benevolente pareceu gostar menos do que eu, foi minha oportunidade para mata-la, e quando fiz isso ela se desfez em poeira, com um grito.

   Olhei para a espada e nela está escrito "Ελπίδα", "Esperança" em grego antigo, e não faço a menor ideia de como consegui ler. Direcionei meu olhar para Grover que me apoiou em seu ombro quando viu meus olhos começarem a pesar me carregando para o topo da colina com ele.

The Daughter of Aphrodite - Luke CastellanOnde histórias criam vida. Descubra agora