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A MÚSICA FOI ABRUPTAMENTE INTERROMPIDA e um coro de oooh's varreu a multidão

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A MÚSICA FOI ABRUPTAMENTE INTERROMPIDA e um coro de oooh's varreu a multidão. Mesmo enquanto eu descia as escadas pulando dois degraus por vez, a cena se repetia em minha mente como um filme bizarro. Feia. Foi uma queda feia.

Empurrei alguns curiosos que já estavam ali ao redor, buscando ter qualquer imagem da garota estirada no pé da escadaria. O rapaz que havia esbarrado nela já estava agachado ao seu lado, implorando perdão com olhos marejados de lágrimas.

— Viola!

Sem os últimos obstáculos que obstruiam minha visão, pude vê-la. Ao menos estava acordada, sentada no chão com a saia bufante de seu vestido espalhada como pétalas de rosa ao seu redor, olhos desnorteados apontando para todo lugar e os braços inertes no colo. Um filete de sangue escorria em sua testa, saindo de um corte que provavelmente deixaria uma cicatriz. Me ajoelhei ao seu lado, deixando as mãos pairarem sem saber onde poderia tocar.

— Você está bem? — perguntei.

As orbes de um castanho quente se fixaram em mim, embora confusas, ainda ardendo com o típico fogo Sovereign.

— Acabei de rolar por um lance de escadas, idiota! — Viola grunhiu, balançando a cabeça com irritação — Melhor noite impossível!

Pelo menos estava com seu humor podre intacto.

Foi quando ela tentou se erguer, utilizando o braço direito como apoio. Eu poderia estar lá quando seu corpo cedeu ao chão novamente mas, felizmente, outras mãos a seguraram. Eu reconhecia apenas Alanna entre as garotas do time que foram atraídas pela comoção, todas com idênticas expressões de preocupação extrema.

— Vi!

— Meu Deus, o que aconteceu?

Casanova a ajudou a se levantar enquanto as outras dispersavam a multidão curiosa. Permaneci ali, as mãos no bolso do casaco, mas por perto. Querendo ou não, eu era sua acompanhante naquela noite.

— Consegue se manter de pé? — uma garota baixinha, cabelos pretos lisos e longos, indagou. Pela forma como guiou a situação deveria ser Katherine Knox, filha de um neurocirurgião renomado do país — Quantos dedos tem aqui?

Viola afastou seus dedos estendidos, se arrastando até uma mesa repleta de bebidas. Quase pensei que a garota insana fosse secar algum copo, mas tudo o que ela fez foi se apoiar pesadamente no tampo.

— Meu braço dói. — ela murmurou, tentando fechar os dedos da mão direita.

Daquela vez eu estava lá quando ela bambeou sobre os saltos finos. Guiada por algum impulso desconhecido, enlacei a parte interna de seus joelhos e a ergui com facilidade. Magra demais, notei. Viola não era nada além de um leve peso.

— Peguem a bolsa dela. — ditei para suas amigas, apontando o pequeno objeto no chão com o queixo — Tirem as chaves do carro e me sigam.

— Alisson...

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