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DOZE HORAS PARA A DECISÃO

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DOZE HORAS PARA A DECISÃO. As Tormentas se glorificariam como campeãs da província e representantes nas nacionais, ou voltaríamos para casa com o consolo de um segundo lugar na bagagem.

Não lutamos tanto para permanecer nas sombras de uma escola elite qualquer — que Emerald me perdoe. Não passei mais de dois meses com uma tala imobilizando meu braço para chegar na final, o primeiro jogo importante do ano em que eu estaria em campo, e morrer na praia. Nada tiraria meu time dos trilho naquele estádio lotado, e nada me desviaria do meu único e válido sonho.

Nem mesmo o armário intocado de número sete.

— Ela não vem. — Lanna suspirou. Nostalgia não do tipo bom me atingiu.

— Viola vai jogar, pelo menos. — Pâmela, terminando de montar sua bolsa, ofereceu um sorriso pequeno — Temos grandes chances de ganhar com a verdadeira capitã em campo. Certo, Vi?

As garotas terminavam de esvaziar seus armários no vestiário do colégio, a tensão de uma partida de peso e outras coisas a mais as impedindo de explodir na algazarra comum que Raynolds tanto amava repudiar. Segurei o tecido macio dos novos uniformes, o seis talhado nas costas logo abaixo do meu sobrenome turvo e embaçado. Ela não vem. Talvez... Só talvez... Ela não estivesse mentindo.

Talvez Alisson Graham estivesse destinada a quebrar meu coração em todas as malditas vezes em que eu o pusesse em suas mãos. E era minha culpa permitir aquilo, me saciar com o agridoce de uma vingança. Haviam me avisado muitas vezes, Pâmela me alertara como nunca, e não dei ouvidos.

— Graham já era de se esperar, — Katherine fungou, fingindo indiferença e levantando outra questão — mas onde Landon está?

Me permiti focar a mente no que realmente importava. O meu time. Três portas estavam fechadas nas fileiras de armários, uma delas sendo a de Elle. Tentamos convencer a treinadora a nos levar aos hospital e visitá-la antes do jogo, entretanto, Raynolds nos venceu com a ideia de chegar lá após a partida, com sorrisos vitoriosos e um dourado e lustroso troféu. Pelas notícias dos familiares, Rizzo estava se recuperando bem. Logo sairia da ala de queimados e seu acidente seria apenas uma fase difícil em sua vida.

E Hester não foi vista visitando-a. Não foi vista nas últimas aulas, festas, treinos, nada. Simplesmente desaparecera.

Uma batida soou na porta, fazendo meu tolo coração pular no peito. Raynolds entrou, carregando a inseparável prancheta em mãos e com um sorriso triste.

Obviamente, não era ela.

— Não pode se dar o luxo de se machucar, O'Hara. — disse — Landon... Está no hospital.

Tínhamos uma testemunha crucial. Mas ela foi encontrada incapacitada. Está internada.

— O que aconteceu? — Pâmela perguntou.

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