Vida. | Ricelly Henrique

3 - Reencontros

Mariana

Cheguei no restaurante e meus pais nos esperavam em uma mesa. Alguns primos e primas estavam ali, dei um abraço em todos e fui almoçar.

O almoço foi maravilhoso, a comida divinamente gostosa hahaha e a companhia dos meus pais, meu irmão e da Carol fez tudo ficar melhor.

— É, tem uma aérea que parece ter poucas pessoas, da pra gente colocar a conversa em dia vamos pra lá? - Edu disse e nós concordamos. Peguei um suco com gelo e saímos da área do restaurante.

No meio do Saguão a tia Simone e o seu José, pais da Moh estavam chegando junto com a pequena Maria Antônia.

— Bença tia, bença tio - falei sorrindo pra eles.

—Deus te abençoe meu amor, você já está aqui? Da um abraço aqui na tia. Que saudades menina - nos abraçamos apertado. Tia Simone é uma tia mãe maravilhosa.

— Saudades tia, oi tio Zé. - dei um abraço nele. E sorri olhando pra Maria Antônia, ela cresceu horrores e nem deve se lembrar de mim.

— Fala oi pra tia Mari, Antônia. - ele disse e ela sorriu tímida.

— Senti sua falta boneca, será que eu ganho pelo menos um abraço? - ela riu e concordou.

— Claru tia - abracei ela a pegando no colo. Ela me deu um beijo na bochecha e eu dei outro demorado na bochecha dela.

Os cabelos todos cheios de cachos, uma princesa.

— Ai Si, sonho com o dia que meus filhos vão criar juízo e me dar netos - Ouvi minha mãe dizer e rimos.

— Calma Marina, tudo no tempo certo. O Mari já a Mohana chega, ela tá doida pra te ver, ela está na última prova do vestido. - A tia disse sorrindo.

— Tá bom.

— A gente vai sentar lá fora, depois você vai pra lá. - minha mãe disse

— Nós vamos sim, pode deixar. - Tia Simone disse sorrindo indo em direção aos quartos.

Segui meu pai que ia em direção a uma porta. Passei por ela, minha mãe vinha atrás.

O lugar é lindo... Observei algumas mesas de vidro e várias poltronas em volta, algumas flores em um balcão de madeira e no fundo as árvores. Me sentei entre minha mãe e a Carol.

— Ei, me conta e os contatinhos? Teve algum? - Carol me perguntou e eu ri negando

— Eu estava muito ocupada pra pensar em macho, véi. - ela riu

— Mas e seu amigo, lá? O doutor Carlos...

— Só amigo mesmo

— Só pra você né? Porque o jeito que ele te olha....  - eu dei de ombros

Carlos foi meu companheiro de missão, quase todas as vezes a gente atendia junto na mesma cidade e ele era um dos poucos brasileiros lá, então nos tornamos amigos. Algumas vezes enquanto eu fazia chamada de vídeo com a Carol ele aparecia junto, e ela cismou com isso.

— Vamos falar sobre outra coisa, a clínica como está?

— Você adora mudar de assunto  né mocinha? Mas graças a Deus tá bem, esse último mês minha agenda foi lotada e as outras médicas que contratei também estavam com bastante atendimentos. - eu sorri animada
— E agora eu só tenho consulta em 20 dias e você daqui a 1 mês, então vai da pra gente passar uns dias em Goiânia antes de ir pra SP. - eu sorri concordando.

— Você é a melhor sócia - ela riu

— A gente tenta né, em falando disso você bem que podia aparecer nas redes agora que voltou né? Antes de eu dar spoiler no meu story.