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Mariana

31 de dezembro, 2022.

Os dias que se passaram foram menos conturbados, Henrique está se recuperando bem e falando nele, as notícias de seu acidente tomaram a internet, o que fez com que o possível rompimento do nosso relacionamento fosse abafado por essa bomba. E ele fez o possível para dizer que está tudo bem aos fãs, deu várias entrevistas, e por isso até ontem a terra prometida estava uma loucura.

Hoje é o último dia do ano e a maioria da nossa família está aqui e outros ainda chegarão pra curtirmos a virada todos juntos.

Como de costume durante esses dias, todas as manhãs tomo meu solzinho, estava de boa, até ouvir o Henrique chegando.

— Tem coisa melhor do que acordar e se deparar com essa cena maravilhosa? - ele chegou falando medindo meu corpo por inteiro.

— Bom dia amor. - falei sorrindo e me ajeitando na espreguiçadeira lhe dando um beijo.

— E que bom dia, amor. - ele riu se sentando ao meu lado.

— Como você está? - perguntei observando ele tirar a camiseta se ajeitando ao meu lado.

— Bem, com pouca dor, não posso beber nadinha mesmo Mari? - eu ri, durante esses dias nos já havíamos discutido sobre isso.

— Não, zero álcool, lembra?

— Lembro não. Pô, desse jeito é foda. - ele riu negando.

— Nem vem, é pro seu bem, lindo. - falei pegando em sua bochecha e formando um biquinho em seus lábios.

— Então tá linda, vou cantar pra vocês - ele falou segurando minha mão.
"Hoje cedo eu chorei, acordei com você na cabeça
Não peça pra que eu te esqueça
Pois tudo no mundo me lembra você
Hoje cedo tocou a canção que você mais gostava
Parece que você estava comigo
E por isso eu liguei pra você
Eu tentei, eu lutei, fiz o possível
Mas viver sem você é impossível
Eu tentei, eu busquei outra saída
Mas o que fazer se só dá você na minha vida?"

— Tem alguém feliz ouvindo o papai cantar. - eu sorri emocionada sentindo o Matteo se mexer.

— Ah meu amor, já que você gostou o papai vai cantar mais um pouquinho.  - o Henrique fez carinho na barriga, deixando um beijo ali e me deu um longo selinho e voltou a cantar.

Nos divertimos porque se ele parava de cantar, o Matteo parava de se mexer, parecia que pedia pra ouvir mais a voz do papai.

O pessoal logo chegou e entrou na piscina e nós não ficamos pra trás, ficamos juntinhos curtindo a presença um do outro.

— Mari, vê se nao deixa mais esse homem tá? Porque causar um acidente só pra comover seu coração custa caro, ele acabou com meu carro. - o Ju chegou perto da gente fazendo cara de choro e nós rimos.

— Vai que dá próxima vez é um helicóptero heim Junim? Aí ferrou mesmo. - meu irmão falou e eu ri deles.

— O mais prejudicado sou eu, sempre eu. - ele fingiu que tava chorando e nós rimos.

— Mais é um bando de palhaço mesmo. - o Henrique falou sério e os meninos riram.

— Ah cunhado, a melhor parte de tudo isso é poder te zoar. - meu irmão falou não se aguentando de tanto rir.

— Mas vamos combinar Ju? Da próxima vez você esconde as chaves de tudo. - falei séria e senti os olhos do Henrique sobre mim.

— Próxima vez? - Henrique me olhou desacreditado.

Vida. | Ricelly Henrique Onde histórias criam vida. Descubra agora