Vida. | Ricelly Henrique

11 - Um passado no presente

Mariana

01 de maio, 2022.

Estou aqui na fazenda e é uma paz tão boa. Nada como uns dias longe do mundão pra colocar os pensamentos e sentimentos em ordem.

Nem entrei muito no Instagram e está sendo melhor assim, ler comentários maldosos não faz bem, apesar de que eu li muitos comentários bons.

Eu mentiria se falasse que não penso no Henrique 24 hrs, depois do beijo então, se o dia tivesse horas a mais eu enlouqueceria de tantos pensamentos, e estar aqui na terra prometida me traz lembranças dele, muitas por sinal.

Eu vi que ele chegou hoje de manhã, além de não conseguir dormir direito eu tenho tido alguns pesadelos, então acordo bastante durante a noite, estou ficando na casa da Mohana e a casa deles são próximas, então eu o vi passar, de cara fechada, todo marrento.

E quem disse eu eu estava conseguindo dormir?
Resolvi dar uma volta na fazenda. Comecei a andar e a brisa do ar fresco da manhã invadiu minhas narinas e meus pensamentos me trazendo a lembrança aquele dia, o maldito dia.

FLASHBACK ON

02 de fevereiro, 2010.

Cheguei na casa da Dona Maria com a Mohana, já faz uns meses que eu falei com minha mãe sobre o Henrique e ela disse que ia conversar com meu pai, bem ela conversou e ele ficou de boa, quem não gostou muito foi o Edu, aff ele morre de ciúmes de mim. Estou ansiosa pra contar logo pra ele isso e mais uma novidade maravilhosa que eu não tô me aguentando pra contar.

— Olá minhas norinhas, entrem e fiquem a vontade - ela disse super simpática e eu fiquei vermelha, ela disse norinhas, nhas. Kkkkk

A Mohana estava adorando a situação porque ela ria que nem uma vaca.

— Eles foram lá na fazenda com o Edson já devem estar chegando, querem alguma coisa?

— Não obrigada Dona Maria - eu respondi ainda envergonhada

Ela e a Mohana entraram em um assunto lá e eu fiquei viajando ansiosa pra ver o Ricelly, ele odeia esse nome, e eu acostumei a chamar ele assim kkkkkk.

Eles demoraram um pouco mais chegaram, o Henrique sorriu ao me ver, a gente não ficava se beijando nem se abraçando muito na frente dos outros até porque a gente nem namorava sério, bom pelo menos não por enquanto. Ele me deu um abraço apertado e cheio de saudade.

Ele e o Ju se arrumaram e a gente foi até a praça comemos um sanduíche lá no ponto X, bom demais. E na hora de voltar a Moh e o Ju andavam a nossa frente e nós mais a trás abraçados.

— Eu falei com meus pais - ele me olhou surpreso
— Minha mãe tá super de boa e ela conversou com meu pai, sabe ela deu um jeitinho - eu ri quando ele gargalhou alto
— E o Edu tá morrendo de ciúmes de você

— Eu entendo seu irmão, se eu tivesse uma irmã também sentiria ciúmes

— Então meio caminho andando a gente já tem - ele sorriu e me deu um selinho rápido por estarmos na rua

— E como foi lá na fazenda? Você nem comentou nada - eu perguntei quando ele segurou minha mão me puxando pra varanda da casa dele, onde a gente sempre ficava

— Foi de boa amor, lá é lindo demais e muito calmo eu só pensei em você - eu ri, ele acha que me engana

— Sei, cê acha que eu sou sonsa né? - ele deu de ombros

— Mas aí Mari tenho uma novidade pra te contar

— Eu também amor preciso muito te contar uma coisa, mas pode contar primeiro - eu falei me sentando no colo dele