4 - É sempre a mesma história...

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Mariana

As vozes e os risos alto ao meu redor nem faziam cócegas ao meu ouvido perto do turbilhão de barulho que estava dentro de mim, aquela velha história... O meu querido coração me lembrava mais uma vez como era toda vez que eu via ele pessoalmente (fã ou hater, querido coração?) Não aconteceu muitas vezes, mas agora ele estava completamente diferente, mais magro, barbudo, um olhar que eu não consigo decifrar e um sorriso... triste, imagino que seja pela perda da Marília, tal vez? Tive o privilégio de a conhecer pessoalmente, Junin que apresentou, ela era um amor, e eu soube ainda mais depois da morte dela que ela e ele eram muito amigos, bom se eu que nem era tão próxima sofri com a partida dela, imagina ele, eles todos....

Meu cérebro amorzinho da minha vida, inteligente e racional, centrado tentava encaixar todas as peças em seu devido lugar, porque a presença dele ainda mexe comigo, fazem tantos anos que tudo aconteceu. "Mariana você deveria parar de ouvir o coração" ele dizia e minha cabeça martelava com isso.

A pequena Antônia veio pro meu colo e adormeceu, acho que ela se lembrou de mim e sentiu saudades pelo tempo que fiquei longe, a gente conversava por chamada de vídeo, mas não é a mesma coisa né? Eu deviria me martirizar por ter perdido momentos importantes com ela? Não sei, o importante é viver o agora e aproveitar cada segundo com ela dormindo calmamente nos meus braços, pelo menos isso mostra que o barulho só está no meu interior mesmo....

Levantei a cabeça pra olhar pro Edu que colocou uma mão em meu ombro atrás de mim, reconheço o perfume do meu irmão de longe hehehe.

— Cê tá bem? - balancei a cabeça de leve fazendo que sim.
— Mesmo? - ele perguntou semi cerrando os olhos

— Eduardo eu estou ótima - ele riu de canto dando de ombros

— Acho que a pequena aqui sentiu saudades sua - eu sorri

— É parece que alguém sentiu, né?

— O que? Todos aqui sentem sua falta, até sua chatice comigo pra tirar as meias jogadas na sala fazem falta - eu ri

— Quando eu for pro quarto e reclamar você não me perturba em - ele riu concordando

— ata, se eu deixar você abusa

— Eu, né?

— Você! - eu revirei os olhos e a Moh chegou perto com a Clara

— Mari, tô subindo pra trocar a Clara. Quer ir comigo, aí coloco a Antônia na cama.

— Claro, vamos - eu disse e me levantei com pequena grande bebê, que pesou em meus braços rsrsrs.

— Quer que eu levo ela? - Edu disse

— Não, eu aguentou menino, sou forte - pisquei pra ele, peguei meu celular e fui andando atrás da Moh pra não me perder pelo caminho.

Me lembrei da casa que parecia ser a mesma que vim só que o íamos para o lado ao contrário do corredor que ia para o quarto em que eu estava.
Ela abriu a porta do último quarto entrou e eu entrei, fechando a porta em seguida.

— Coloca ela aqui Mari - a deitei no meio da cama com cuidado e a Moh colocou os travesseiros em volta.
— Segura a Clara aqui, pra eu pegar seu presente - ela disse e eu segurei a Clara que já estava no trocador mas não parava um minuto quieta, parece até o pai dela hahaha.

Mohana voltou perto de mim com uma caixa branca nas mãos escrito meu nome e eu sorri.

Mohana voltou perto de mim com uma caixa branca nas mãos escrito meu nome e eu sorri

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Vida. | Ricelly Henrique Onde histórias criam vida. Descubra agora