22 - Se não for com você, não vai ser com ninguém

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Henrique

Depois do show, fiquei conversando um pouco com a galera no camarim, eu e Mari fomos pro hotel, depois da surpresa linda que ela me fez, não estava afim de ficar no pós show com a galera só quero curtir com a minha gata.

A porta do elevador se abriu, saímos e fomos em direção ao quarto. Destraquei a porta e dei passagem pra ela entrar, a bonita roçou a bunda na minha perna, e eu ri. Deixa ela, fica só me provocando.

Fechei a porta e estranhei a Mari estar parada que nem uma estátua parecendo que viu fantasma.

Então resolvi quebrar o silêncio enquanto ia pra perto dela.

— Mari acho que vou tomar um... - travei quando vi a Ana sentada na minha cama de roupão.

Estranhei. O que ela faz aqui? De roupão ainda?

— Oi Rique - Ana falou me olhando e dando um sorrisinho

Garota doida, eu em.

Não sabia realmente como ela entrou aqui e estava tentando entender.

A Mari me olhou e o olhar dela já era de raiva. Ê Henrique você só se mete em encrenca.

— Ana? O que você faz aqui? - falei tentando entender

— Te esperando lindo, mas não sabia que viria acompanhado - respondeu ela e ainda mediu a Mari de cima a baixo.

Me esperando? Como?

Ela deu em cima de mim no camarim, mas eu desconversei e disse que não queria mais nada com ela.

Ana é um dos meus casos antigos, sempre que eu vinha pra SP a gente se encontrava.

— Como me esperando? Tá doida, eu te falei que não queria nada - falei nervoso e a Mari se afastou indo em direção a porta

— Mariana não é isso que você está pensando - falei mais alto, meu Deus ela está entendendo tudo errado

— E o que você acha que eu estou pensando? - respondeu rude.

— Mariana, por favor, eu não tenho nada a ver com isso - falei nervoso percebendo que ela não me ouviria

— Esse é seu quarto?! - ela respondeu me mostrando o quarto.

Sim esse é meu quarto. Como isso foi acontecer? Não posso perder ela de novo, não desse jeito.

Me aproximei dela e segurei em seu braço quando ela ia pra abrir a porta

— Me solta - falou nervosa

— Mari por favor eu juro que não tenho nada a ver com isso, eu posso explicar - falei tentando ficar calmo, mas essa situação estava era me deixando apavorado

— Me solta caralho. Enfia essa explicação no seu cu - ela me respondeu em um tom que eu nunca vi.

Henrique o que você fez? Ou melhor, o que você vai fazer?!

Ela sai andando rápido e indo pro elevador eu olhei pra ela, e já era nítido a raiva que a consumia.

Não posso mentir que se fosse ao contrário eu faria diferente, mas eu queria ao menos que ela me escutasse.

— Não vem atrás de mim, já tem uma te esperando, Rique. - esbravejou ela entrando no elevador.

— Mari por favor, não faz isso - murmurei um pouco alto correndo até o elevador e vendo a porta se fechar.

Não. Não. Não.

Deu um soco na parede sentindo meu pulso arder.

Isso não estava acontecendo de novo.

Vida. | Ricelly Henrique Onde histórias criam vida. Descubra agora