Tudo Mudou Depois Daquele Dia

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Voltei meu povo!!!!!
Se preparem kkkkk
Tenham uma ótima leitura e por favor não me matem kkkkkk,amo vocês!!!

Os dias junto à minha família têm sido muito agradáveis. Estou aproveitando ao máximo o carinho e o aconchego que venho recebendo de meus pais. Já fazia um bom tempo que não nos víamos, então estou me permitindo ser mimado por ambos, matando a saudade das longas conversas com meu appa, da comida caseira que só minha omma sabe fazer, do cheiro familiar de seu perfume, do calor de seu abraço, de sua risada - que todos dizem se parecer com a minha - seu amor, seu colo.

Meu trabalho, a correria do meu dia-a-dia,
os cursos que eu fazia nas férias em busca de aperfeiçoamento, tudo só me fazia ter tempo para telefonemas ou chamadas de vídeos rápidas com a minha irmã, que também quase sempre se mantinha ocupada com os estudos. Chamadas essas em que ambos apareciam brevemente,sempre alegando não saber como usar essas "tecnologias do mundo moderno" - palavras deles - . Meus pais eram pessoas simples e não tinham muita paciência para essas coisas, por isso, eu acabava falando mais com minha irmã.

Mesmo estando distante e, por mais que eu sorrisse mostrando estar tudo bem,minha omma sentia minha angústia, minha tristeza. Mas mesmo assim, sempre respeitou meu tempo e esperou o momento em que eu quiz falar. Me ouviu, me acolheu em seus braços, me acalentou, chorou comigo e me aconselhou, dizendo sobre tudo, que eu deveria seguir meu coração.

Isso me confortou,suas palavras, seu carinho, sempre me confortaram e eu estava precisando disso, muito, muito mesmo.

Assim como também precisava desse momento em que estou agora, em um parquinho,de uma das pracinhas aqui do bairro, sentado na gangorra e ouvindo minha irmã falar - cheia de empolgação - de como irá ser quando começar o curso na faculdade de artes.

Jiwoo e eu sempre fomos muito agarrados,desde de crianças. Nossa diferença de idade é de apenas dois anos. Eu o irmão mais velho e ela a caçula, minha caçulinha, como eu sempre costumava dizer.

Eu senti muita falta de tê-la por perto, das conversas, das risadas desenfreadas que dávamos de qualquer coisa, senti falta até mesmo das brigas sem sentido que tínhamos vez ou outra por coisas bobas, coisas de irmãos.

Saber que minha caçulinha está prestes a se ingressar na faculdade em que ela sempre sonhou e se esforçou tanto, é muito gratificante.

Estávamos ali já há alguns minutos. E por um momento eu me distraí e fui trago de volta a realidade com um tapa no meu braço esquerdo.

_AAaau!!! M-mas...o que foi isso?

_Você não ouviu nada do que eu disse, não é mesmo?

_Quê? Claro que ouvi. - a respondo massageando meu braço, a olhando com indignação.

_ Mesmo?... - me questiona com as sobrancelhas erguidas. - _ Então me diz, o que foi que eu falei, hm?

_Ahmm-

_ Viu só!? Não ouviu uma palavra. - fala negando. - _ No que tanto você pensa meu irmão?

Suspiro pesado, voltando meu olhar para um ponto qualquer daquele parque.

_ Você sabe. - respondo em voz baixa,levando meu olhar para minhas mãos nervosas sobre minhas coxas.

_ Ei... - sinto sua mão sobre as minhas, num carinho singelo. - _ Eu tenho a certeza de que tudo irá ficar bem, hm? Você saberá qual decisão tomar irmão.

_ Será? - sorrio triste, já tendo meus olhos marejados e depois de uma breve pausa, continuo. - _ E-eu nunca me senti assim antes, sabe? - engulo em seco, a vendo assentir em concordância. - _ E... eu confesso que...ainda não sei o que fazer. - meus olhos transbordam.