Tentativa

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Nunca na minha vida eu pensei que estaria escondido em baixo de um viaduto preparando uma poção e vestido como auror ainda por cima

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Nunca na minha vida eu pensei que estaria escondido em baixo de um viaduto preparando uma poção e vestido como auror ainda por cima.

Não era nada do que eu tinha imaginado pra minha existência, assim como também meus sonhos foram destruídos quando eu tinha onze anos, foi quando soube do pacto.

Enquanto estava lá pensei em Tommy e em como ele iria se sentir, respirei fundo tentando afastar essa preocupação da minha mente, mas Tommy merecia saber o que tinha acontecido.

Fiquei com os olhos dele em minha mente me encarando de forma triste, ele que era sempre sorridente e alegre, pensei na carta e na tentativa de Tom me enganar novamente.

"Não posso fazer isso com Tommy."

Pensei um pouco mais enquanto mexia os ingredientes da poção e decidi que não importava muito, eu tomaria uma gota por dia e morreria aos poucos, Tommy era um bom amigo sim, mas eu não tinha nada para oferecer a ele, eu era apenas um bruxo quebrado.

Sim, fiz a poção, destruí os vestígios e levei o vidrinho com o que eu imagino ter no máximo vinte gotas, contudo eu não cheguei a usar no primeiro dia, tinha algo me esperando quando cheguei em casa.

Bem no meio da nossa sala estava uma caixa com embrulho dourado, fiquei curioso e receoso ao mesmo tempo, para não correr riscos usei minha varinha para abrir o pacote.

Lá estava um presente de Tommy, isso me deixou aliviado de certo modo.

Era uma bola de cristal que ele tinha comprado mais cedo, claro que ela não tinha poderes nem nada, era apenas um enfeite, mas na base tinha meu nome.

Harry Potter

Sorri para o objeto e procurei Tommy pela casa, não foi muito difícil de achar ele, já que tínhamos apenas três cômodos por ali.

— Obrigado Tommy, achei uma graça. — sorri em meios as palavras e lhe dei uma piscadela.

— Achei que ia gostar de algo que te lembrasse do seu mundo, tem estado tanto tempo comigo que já deve se sentir um trouxa. — Tommy sorriu e me deu um tapinha no ombro.

Eu não tinha reparado na situação atual, mas ele tinha acabado de sair do banho, estava com uma toalha na cintura e a toalha parecia fina o bastante para marcar seu corpo.

Tentei fingir que não estava reparando, mas se eu tinha alguma dúvida quanto a ser gay, essa dúvida eu tinha perdido ali naquela hora, involuntariamente eu mordi o lábio inferior ao apreciar a visão do corpo semi nu de Tommy

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Tentei fingir que não estava reparando, mas se eu tinha alguma dúvida quanto a ser gay, essa dúvida eu tinha perdido ali naquela hora, involuntariamente eu mordi o lábio inferior ao apreciar a visão do corpo semi nu de Tommy.

Por Merlin, ele não percebeu isso, mas minha cara vermelha como um tomate já denunciava alguns pensamentos um pouco estranhos.

— O que foi Harry, está se sentindo bem?

— Bem não é exatamente a palavra, eu... Preciso ir ao banheiro... — Falei sem pensar e logo me tranquei no cubículo, me arrastei porta abaixo até me sentar no chão e ficar tentando voltar a cor normal.

Nunca tinha olhado para Tommy daquela forma, talvez não fosse tão ruim me apegar a ele, Tommy era legal, gentil, inteligente e um trouxa que não poderia e nem queria me usar pra nada.

Já tínhamos falado do irmão dele antes e ele me falou que quando tivesse a oportunidade conversaria com Tom, o fato de eles terem o mesmo nome por assim dizer era algo bem confuso também, mas sempre que eu cometia algum deslize ele sorria pra mim.

Tommy nunca me julgou, hoje a tarde foi pensando nele e nos sentimentos dele que eu não fiz nada lá no viaduto, trouxe sim o vidro comigo, mas creio não ter coragem de usar.

Sai do banheiro e fui pra sala, esperava que Tommy ainda estivesse no quarto, mas ele estava lá sorrindo gentil e com a carta nas mãos.

— Confesso que esqueci de dar meu endereço a meu pai, mas eu tenho escrito com frequência pra ele. — Falou balançando a carta.

— Ele é um bruxo, seu pai tem medo de que ele intérprete nossa amizade de forma errada, me surpreende eles terem se tornado próximos... — respondi ao comentário de Tommy sem olha-lo.

— Você sabe que pode ir embora a qualquer momento Harry, eu sei que dorme chorando todas as noites, sei que não se abre mais comigo por se achar um peso, sei também que rascunhou algumas cartas para Tom, Mérope e sua mãe

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— Você sabe que pode ir embora a qualquer momento Harry, eu sei que dorme chorando todas as noites, sei que não se abre mais comigo por se achar um peso, sei também que rascunhou algumas cartas para Tom, Mérope e sua mãe. — Tommy realmente era discreto, via tudo o que eu fazia e não ficava me perguntando sobre.

— Tommy, desculpa...

— Sei que quer falar com ele, eu sei também que no fundo acredita na versão dele dos fatos, assim como sei que tem uma proteção nesse apartamento impedindo ele de te achar. — Tommy era mesmo muito observador.

— Não posso ser enganado de novo... — Murmurei me sentando no sofá.

Ele se aproximou e se sentou ao meu lado, o que não ajudava era ele ainda estar de toalha.

— Quando te chamei para me acompanhar eu sabia que você estava quebrado, por um tempo eu até pensei que estava superando, mas depois comecei a escutar você chorando.

Eu abaixei a cabeça e novamente eu deixava minha fragilidade tomar conta do meu ser, lágrimas que eu tinha segurado na presença de Tommy agora saiam sem permissão dos meus olhos.

— Harry, eu entendi que ambos podem ter vidas separadas, que podem viver como amigos, mas não entendo como você um bruxo esperto e instintivo está se deixando levar pela situação, eu acredito que tenha sido uma poção, na carta ele explica como foi.

— É só mais um truque dele...

Tommy me abraçou ao ver meu estado deplorável e naquele momento eu desmaiei em seus braços, ainda não tinha tomado a poção, mas me sentia fraco e sem forças pra nada.

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Promised ( Tomarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora