A conversa

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Muitos mistérios ainda tinham de ser resolvidos, mas Harry estava ali, ele agora acreditava em minhas palavras, tudo o que nos aconteceu era tão louco e sem sentido, posso dizer que ele foi burro, não ia dizer isso pra ele, mas todo aquele ódio po...

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Muitos mistérios ainda tinham de ser resolvidos, mas Harry estava ali, ele agora acreditava em minhas palavras, tudo o que nos aconteceu era tão louco e sem sentido, posso dizer que ele foi burro, não ia dizer isso pra ele, mas todo aquele ódio por mim e toda a depressão foram fruto de um mal entendido, qualquer pessoa, mesmo um trouxa saberia que eu estava enfeitiçado. 

Nosso amor não era tão forte quanto eu pensava, Harry, sempre iria se deixar acreditar por qualquer mentira que lhe contassem, qualquer coisa podia nos separar, eu via isso claramente, se eu não o amasse diria que não valia a pena correr atrás dele como um idiota. 

Eu amo o Harry, mas agora vejo que sempre vou estar pedindo perdão por coisas que nem ao menos são da minha responsabilidade e ainda tem a criança, como  colocar um filho dentro da nossa relação? 

Olhei para ele, eu estava completamente perdido naqueles olhos cheios de raiva, eu podia entender o tamanho do fardo dele, contudo, ele parecia que não se colocaria em meu lugar um único momento. 

— Tom, você ficou serio outra vez? — Ele falou estalando o dedo na minha cara. 

— Você é muito mimado Harry, me deixa inseguro com suas birras. — Soltei as palavras sem filtrar o que eu deveria ou não dizer, pelo meu tom de voz senti que fui grosso com ele. 

Ele colocou uma porção de comida no prato e rodou o garfo no sentido horário, acho que aquele macarrão, era a unica coisa que o mantinha na mesa. 

— Mimado? Olha até um trasgo veria que você estava enfeitiçado, mas o filho da Mérope, não seria pego assim tão fácil, não fazia sentido você gostar de mim Tom, na minha cabeça tudo se encaixou quando vi você com Elisabeth, ela frequentava sua casa, ela não tirava os olhos de você e ela tinha amizade com sua mãe, me senti um intruso em sua vida, assim como me sinto agora na vida de Tommy. 

Vi os olhos dele se encherem de lagrimas, me aproximei dele e com o polegar limpei uma gota que fugia dos seus olhos. 

— Mas eu te amo, não existe e nem vai existir outra pessoa, eu sou a porra do interrogador de Askaban e estou aqui implorando pelo amor de um mimado inseguro, mas não se engane, você me deixa ainda mais inseguro, sinto que qualquer coisa poderia nos separar. — Acabei por confessar meus medos pra ele. 

— Tom... eu não vou me separar de você, mas eu acho que você não vai aceitar minhas birras, você tem razão, eu sou um mimadinho, eu não tive as mesmas dificuldades que você, nem precisei me esforçar para 'provar nada a ninguém. 

— Vamos recomeçar, eu quero isso, quero te levar pra nossa casa, quero te mimar ainda mais e te fazer entender que o mundo pode tentar nos separar de todas as formas, mas eu sempre serei seu. — Segurei a mão dele ao final da minha fala e ele parecia estar emocionado com o ato. 

— Eu pensei que nunca mais sentiria seu toque em minhas mãos... — Murmurou começando a chorar e abaixou a cabeça olhando para nossas mãos juntas. 

— Estou aqui Harry... — Acariciei a palma de sua mão e fiz aparecer uma pequena flor, um mini girassol, ele sorriu em meio as lagrimas. 

— Me perdoa por ser tão burro, eu me esqueci da queda do ladrão, esqueci da cerimonia, eu podia ter evitado muitas coisas, mas preferi acreditar na mentira, ja que não fazia sentido você me amar. 

Eu o abracei, sai do meu lugar e simplesmente o acolhi em meus braços, amava aquele mimado desde que o vi pela primeira vez, eu nem sabia explicar o motivo de ama-lo tanto assim, algo me puxava para perto de Harry, meus pensamentos eram todos voltados a ele. 

Nada explicava ou tinha sentido, mas ele me amava da mesma forma, disso eu sabia, nisso eu poderia confiar, ele podia ser muitas coisas, mas nunca foi mentiroso com relação aos seus sentimentos. 

— Tom... — Resmungou meu nome com a voz totalmente embargada, eu sabia o que ele estava sentindo, pois era assim que eu também me sentia. 

— Não vamos nos separar mais Harry, está tudo bem agora, todo esse transtorno acabou... — Não conclui minha fala, me lembrei do bruxo misterioso que estava tentando nos matar e aparentemente iria conseguir, por pouco Harry quase morreu hoje, ou por suas próprias mãos ou pelas mãos do bruxo misterioso, eu tinha que protege-lo. 

— Ainda não acabou... — Ele falou contra meu peito. — mas estamos juntos, isso é o que importa. 

— Sim, isso é o que importa. —  sorri pra ele em meio as palavras, mas minhas lagrimas começaram a rolar em meus olhos novamente, era como se eu estivesse no meio de uma tempestade e sorrisse por estar tudo bem com quem eu amava. 

Claro que aquela noite estava muito longe de acabar, um evento não muito agradável estava prestes a acontecer, eu tinha decidido que dormiria em um colchão na sala com Harry, até aquele momento Tommy concordou e ainda ficou rindo da nossa cara, prometi a Tommy que não revelaria sobre nossa amizade, assim como ja tinha conversado a respeito com meu pai, Harry não entenderia e se sentiria traído, além de me acusar ele também acusaria Tommy de traição, então não, isso não precisava ser revelado. 

Retomando... Quando fomos dormir, um frio e uma sensação de abandono me dominou, estávamos na sala e Harry tremia em meus braços, foi nesse momento que vi o dementador, ele parecia estar com sede de nossas memorias felizes. 

No mesmo instante usei meu patrono, Runespoor, os feixes de luz que a serpente de três cabeças emanavam iam afastando aquele ser pra longe, mas ainda me restava uma duvida muito maior, como um dementador teria fugido das garras do ministério e tinha vindo atacar a mim e a Harry? 

Levantamos um pouco atordoados com aquela situação e naquele momento Harry tinha entendido que ele sendo um dos bruxos que fazia parte do pacto, não poderia ficar com um trouxa, ele estava sim colocando Tommy em perigo, mas somente depois daquele ataque ele caiu em si. 

 

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Promised ( Tomarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora