Promised ( Tomarry)

Passeio

"Nada faz sentido até que a explicação venha" 

Durante todo aquele dia ficamos revezando e atacando o bicho papão, sinceramente estava exausto, a sala abafada e pouco luminosa dava a sensação de que as portas para o inferno se abririam a qualquer momento. 

Como resultado ao final do dia eu estava exausto, nem me dei ao trabalho de jantar, fui direto pro dormitório, tomei um banho e me enfiei em baixo das cobertas, o sono veio rápido, tão rápido quanto ele veio ele também se foi, acredito que umas duas horas depois de ter me deitado alguém me acordou. 

Olhei muito confuso para os lados, minha visão era mesmo uma droga, peguei o óculos e o vulto tomava forma diante de meus olhos, era Tom, ele estava ali, me acordando, quis proferir uma lista extensa de palavrões, porém apenas olhei para ele indignado. 

— Tom? —  Consegui falar algo decente, mas meus olhos ainda disparavam faíscas. 

—  Me desculpa te acordar, mas amanhã não tem aula no período da manhã, creio que não seja um problema dormir tarde. —  Ele explicou calmo, era bom ouvir ele falando, mas não naquele momento. 

—  O que veio fazer aqui? —  questionei me sentando na cama. 

—  Acredito que precisamos conversar, eu não queria te acordar, mas realmente precisava falar com você, não quero que aconteça nenhum mal entendido. —  Pra me acordar, a besteira deve ter sido bem grande, claro tentei manter a cara de paisagem enquanto ele falava com um sorriso ladino. 

—  Certeza de que não pode ser amanhã? —  Insisti sentindo meu corpo pesar, sabia também que logo Draco e Rony apareceriam, Rony não seria um problema, mas Draco iria sem duvidas fazer uma de suas piadinhas. 

 — Tenho... — Seus olhos pareciam ficar mais sérios em sua fala, o que me fez pegar um sobretudo e colocar por cima do meu pijama. 

— Certo, mas não aqui, Draco e Rony vão chegar e não estou afim de discutir com Draco hoje, ele ja me provocou o dia todo. —  Me lamentei como uma garotinha, essa conversa não parecia que seria fácil. 

Ele se levantou da beirada da cama ainda sorria de forma gentil, me mostrou a porta, eu entendi que deveria segui-lo, não fiz muitas perguntas, me lembro de sempre me meter em confusões enormes e de me virar sem ajuda de ninguém, então nesse ponto eu não precisava saber aonde estava indo, minha varinha estava pronta para atacar se fosse necessário. 

Não andamos muito, assim que saímos da casa dos aurores, logo ao lado tinha um salão de estar, com prateleiras com livros, sofás e até mesmo uma lareira, no chão um tapete felpudo que cobria o cômodo todo, nas paredes quadros que pareciam ter vida própria, um invadindo a tela do outro, parecia mais como um vilarejo, era até mesmo um pouco barulhento.