Café da Manhã

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"Ele queria ter uma família, tudo o que eu sabia fazer era birra, me sinto horrível"

Acordei sentindo um cheiro maravilhoso, abri meus olhos com certa lentidão, o edredom tinha uma textura tão gostosa ao toque da pele, o colchão fazia com que me sentisse deitado em um monte de algodão de tão macio que era, mas aquele cheiro de caf...

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Acordei sentindo um cheiro maravilhoso, abri meus olhos com certa lentidão, o edredom tinha uma textura tão gostosa ao toque da pele, o colchão fazia com que me sentisse deitado em um monte de algodão de tão macio que era, mas aquele cheiro de café da manhã foi o estopim que me obrigou a sentar na cama. 

Notei que estava sozinho no quarto, cocei os olhos e procurei por meus óculos, eu sempre os deixava próximo, isso quando não me esquecia e dormia com eles na cara. 

Fui até minha mala, não me lembrava de tê-la trazido, mas ela estava ali aos pés da cama, escolhi uma camisa de mangas compridas e um jeans básico, sapato eu vesti um tênis de caminhada, olhei no espelho que tinha em uma das portas do armário e amaldiçoei minha genética por ser tão baixinho. 

Tive que engolir todo o meu constrangimento para sair do quarto, andei pelo corredor e notei que Rony e Hermione ja tinham se levantado, todas as portas com exceção da porta de Morfino estavam abertas e no quarto que imaginei ser do senhor Marvolo, estava Mérope limpando as janelas.

— Bom dia. — Falei um pouco sem graça ao passar pela porta. 

— Bom dia querido, seu noivo está na cozinha e seus amigos estão no lago com Morfino. — Mérope falou sem me olhar, estava concentrada na limpeza, era estranho ver uma bruxa fazendo aquilo com as próprias mãos. 

Pensei em perguntar o motivo, mas me lembrei de que no passado ela não usava magia pra nada, isso deve ser então um certo habito que ela criou, ou não conhecia o feitiço certo para fazer aquilo. 

Abaixei a cabeça e segui para cozinha, era Tom quem estava cozinhando, ele usava uma cueca apenas e uma camiseta, foi estranho ver ele tão informal daquele jeito, estava acostumado com o Professor cheio de glamour que via na escola. 

— Bom dia Tom

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— Bom dia Tom... — Rompi o silencio com minha fala, Tom me olhou imediatamente e sorriu.

— Dormiu bem? — Inqueriu com aquele olhar malandro costumeiro. —  Sente-se, ja está quase pronto. — Apontou um lugar na mesa. 

Fui um pouco mais sem graça, não estava habituado a toda aquela situação. 

— Dormi sim... — Respondi me sentando no lugar que Tom tinha indicado. 

— Seus amigos acordaram mais cedo, meu tio os serviu e agora estão no lago, acredito que devam estar treinando algum tipo de feitiço.  — Tom se virou ao proferir as palavras e viu meu rosto completamente corado. — O que foi? 

— Nada... mas pensei que estaria usando sua varinha pra fazer o café da manhã. — Eu e minha boca grande, me senti muito mal educado e agora o olhava como se pedisse desculpa pelo comentário. 

— Eu aprendi algumas coisas com minha mãe, ela não usa a varinha pra tudo, na maioria das vezes ela faz tudo sem magia, pelo menos aqui em casa, ela diz que assim ela ocupa mais o tempo dela. — Tom sorriu novamente. — Mas não se deixe enganar, ela é tão talentosa quanto Morfino, hoje em dia Mérope Gaunt é um perigo a quem cruzar seu caminho. 

Suas palavras pareciam como se fossem uma ameaça, não era, mas de alguma forma aquilo me fez sentir que foi, sorri de volta pra Tom, eu também notava o quanto ele se orgulhava de sua mãe. 

Tom colocou um prato em minha frente com ovos, bacon e legumes cozidos no vapor, depois um chá de ervas e um suco de abobora, ele se sentou ao meu lado e começou a comer, não fiquei parado e fiz o mesmo, sinceramente foi o cheiro daquele café da manhã que havia me tirado da cama, eu não ia ficar olhando para o prato apenas. 

— Tom, isso está maravilho. — Comentei provando os ovos, ele tinha colocado algumas especiarias e nem vou falar do tempero maravilhoso com toque suave de nós moscada. 

— Fico feliz que tenha gostado, já sei como te alimentar de agora em diante. — Tom soltou as palavras e seu olhar ficou divertido. — Não se esqueça que depois de comer vamos fazer compras. 

Isso me trouxe a mente o sonho que tive onde eu voava na vassoura branca quase transparente, apesar de ter dezoito anos, quando o assunto era vassouras eu realmente me tornava uma criança de dez anos, eu realmente queria muito aquilo. 

Comecei a comer um pouco mais rápido, a falta de diálogos entre nós era visível, olhei para Tom e o vi pensativo encarando uma das janelas. 

— Tom... — Chamei com certa suavidade na voz. — O que foi? 

— Nada, só estava pensando em alguns assuntos da escola, sobre a próxima matéria por exemplo, nada que deva se preocupar... — Eu sabia que ele estava mentindo, suas expressões faciais tinham mudado, olhei para a mesma direção que ele e vi um adolescente ao longe galopando, ao seu lado um homem um pouco mais velho do que ele o acompanhava. 

Entendi que deveriam ser os Riddle, eles também eram da família de Tom, mas é claro que não viam desta forma, assim como Tom parecia incomodado com toda aquela situação

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Entendi que deveriam ser os Riddle, eles também eram da família de Tom, mas é claro que não viam desta forma, assim como Tom parecia incomodado com toda aquela situação. 

abaixei meu olhar e agora perdia a vontade de ir fazer as compras, sim eu queria muito aquela vassoura, mas ver Tom com aquela cara me deixou um pouco entristecido, toda família tem seus dramas, mas somente naquele momento eu entendi o quanto Tom queria ter uma família menos complicada, ele queria ter um pai. 

— Sabe Tom, eu não quero ir fazer compras na verdade, eu só falei aquilo por  , eu... — Abaixei a cabeça, olhei para meu prato quase vazio e levantei novamente o olhar. — Desculpa ter insistido na vassoura, não sinto falta de nada é serio. 

— Por favor, eu sei que quer ir, vai ser bom pra gente esse tempo juntos, sem contar que quero te levar na Floreios e Borrões, tem alguns livros que acho que vai gostar de ler, falam sobre os pactos. 

— Somente os livros então... — Mudei meu olhar e tentei parecer feliz com minha decisão de ultima hora, mas a verdade é que enquanto eu fazia birra por ser um mimadinho ele dava um duro danado por sua família. 

— Você mente tão mal... — Murmurou com um sorriso ladino. — Prometi a seus pais que não te faltaria nada, então não vai te faltar nada, agora termina seu café da manhã. 

Sinceramente eu não queria parecer ainda mais mimado, fiquei triste por ele de verdade, agora eu entendia e conhecia um pouco mais de Tom. 

— Tudo bem... — Tentei sorrir pra ele de forma mais natural. 

Pra minha surpresa o olhar dele mudou quando pousou em mim, era esse o olhar que estava me cativando a dias, um olhar superior, na minha percepção eu nunca mais queria ver Tom entristecido, não igual a minutos atrás. 

Promised ( Tomarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora