Capítulo 3

1.7K 202 81
                                    


Maraisa se aproximou temerosa, porém, valente o suficiente para ter sua arma apontada para a garota. Conforme chegava mais perto, via que ela vestia roupas femininas, porém bem largas nas peças de baixo. Maraisa não entendeu, no
entanto, não achava que tinha algo a ver com isso.

- Por que está roubando nossa comida? - Maraisa questionou firmemente, sentido a brisa fria da
noite acariciar seu rosto e o vento fazer seus cabelos esvoaçarem.

- Eu sentia fome, perdão - A garota proferiu -Antes de vocês chegarem eu tinha que andar vários e vários quilômetros por dia para achar
comida - confessou, encarando Maraisa. Estava escuro, todavia, Maraisa era capaz de enxergar os
olhos verdes lhe encarando.

- Por que não pediu ajuda?

- Eu... não podia - A mulher voltou a repetir,fazendo Maraisa assentir, embora não houvesse entendido a razão.

- Está sozinha? - Indagou mais uma vez.

- Sim. Há muitos anos - Ela disse, fazendo Maraisa morder o lábio inferior.

- Se eu abaixar essa arma, promete não fazer nada estúpido? Estou em um grupo de mulheres armadas, qualquer estupidez elas não hesitarão em atirar em você.

- Eu não quero machucar ninguém, senhorita. Perdoe- me se assim fiz parecer - Agarota alegou,passando segurança para Maraisa através do seu tom de voz.

-Tem onde dormir? - Maraisa questionou, vendo a garota negar.

- Durmo em árvores por aí.

- Me acompanhe, você dormirá em uma cama macia hoje Maraisa pediu, vendo o medo transparecer no olhos verdes.

- Não quero que ninguém saiba da minha existência - Maraisa franziu o cenho.

- Por que? - Perguntou curiosamente.

- Só... Não quero.

- Não vamos te machucar, te prometo - Maraisa  disse, vendo a loira franzir a boca em uma visível dúvida - Você precisa comer algo concreto, há quanto tempo não come algo direito?

-Não sei - A garota respondeu seriamente e Maraisa deu um passo lento a frente.

- Como se chamar?

-Você primeiro - A garota disse na defensiva e Maraisa riu.

-Certo. Me chamo Maraisa- Se apresentou - E Você?

- Marília- A garota finalmente disse seu nome.

- Então Marília, vem comigo? Você estará segura conosco - A garota nada respondeu e Maraisa deu
um mais um passo a frente -  Do que tem medo?

- Tem.. - Ela começou hesitante - Muitas de vocês aí? - Perguntou e Maraisa pensou um pouco.

- Somos cinco, contado comigo - replicou - Você poderá tomar um banho, comer e dormir em uma
cama esta noite, não há razão para temer.

- Certo- Ela respondeu assustada e Maraisa abriu um sorriso, acenando com a cabeça para a moça segui-la.

Convidar uma estranha para dentro do seu trailer seria estúpido? Não quando ela não apresentou perigo algum, mas mesmo assim Maraisa se
perguntava o que havia dado nela para realizar tal convite.

O último pênis ( Malila )Onde histórias criam vida. Descubra agora