Capítulo 51

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Rafaela já estava há dias trancafiada naquelas pesquisas, sempre levara a sério seu trabalho e não levava desafio para casa, mas ela sabia que,
como Carla havia falado, aquilo levaria meses.

Rafaela escutou baterem na porta do trailer e estranhou. Quem estaria naquele lugar em plena madrugada? Sua Surpresa só aumentou quando
Vviu Marília ao lado de fora, com os braços encolhidos devido ao forte vento que a atingia aquele horário, o inverno se aproximava.

- Com Licença - Marília disse baixo.

- O que quer? - Rafaela perguntou e seus olhos se abaixaram na altura das mãos de Marília quando a viu entregar a ela uma garrafa térmica.

- Eu trouxe café - Marília disse com o queixo batendo - Sempre trago para Maraisa e imaginei que você precisasse de um pouco. Aquece o corpo e te mantém acordada.

Qual era o intuito de Marília em acorda no meio da madrugada para levar-lhe café?

- Eu não te envenenei, se é isso que pensa. Posso até provar antes para cessar suas dúvidas - Marília
disse e Rafaela suspirou.

- Entre aqui. Esta frio aí fora - Rafaela pediu e Marília obedeceu, ouvindo a porta ser fechada atrás de si - Por que acordou de madrugada só para fazer isso?

- Oh, não foi minha culpa. Foi o meninão - Marília  disse e Rafaela franziu o cenho.

- Quem?

- Como "quem"? Meu Pinto - Marília  disse e Rafaela franziu o cenho.

- Seu Pênis te acordou?

- Sim, todas as noites vou ao banheiro de madrugada - Marília disse e Rafaela por fim entendo, assentindo.

- Maraisa está dormindo? - Rafaela perguntou e Marília sorriu.

- Sim, tão linda que fiquei com pena de sair de perto dela - Marília disse e Rafaelaconteve um sorriso.

- Gosta mesmo dela, hm? - perguntou, pegados copos descartáveis antes de entregar a Marília.

- Gosto.. - Marília respondeu apenas isso,contudo, a intensidade de sua palavra, o brilho em seus olhos e o sorriso bobo que brincava em
seus lábios fizeram Rafaela que era algo puro e genuíno - Vou tomar café para te mostrar que não tem veneno, mas já vou embora para te deixar trabalhar.

- Não precisa tomar o café por isso - Rafaela disse e Marília suspirou.

- Preciso me desculpar de novo com você - Marília disse olhando para Rafaela _ Por suas pesquisas que perdeu, sabe? Eu sinto... sinto muito. Eu só queria mais bolhas.

- Bolhas? - Rafaela perguntou e Marília assentiu.

- Sim, a Maraisa fazia bolhas por todos os lados e achei lindo, aí aproveitei para ficar bem perto
dela, porque você deve saber como aquela mulher é cheirosa - Marília disse rindo e suspirou - Aí queria passar mais um tempo com ela, só não sabia que daria nisso. Eu nunca quis prejudicar ninguém.

- Eu não te entregaria de verdade - Rafaela confessou e Marília sorriu.

- Eu sei. A Maraisa disse que você tem um coração - Marília disse, pegando o copo de café e virando-o de uma vez - Boa noite Rafaela. Bom
serviço - Disse indo em direção à porta.

- Marília! - Rafaela chamou rapidamente e a garota se virou_ - Tenho algo para você - A Loira
franziu o cenho, mas esperou Rafaela fuçar em suas coisas antes de voltar até ela e entregar um
comprimido lacrado em um plástico.

- O que é isso?

- É para Juliette, na verdade - Rafaela disse - Só fiz essa. É uma pílula do dia seguinte. Não fiz mais porque vai perdendo a força e se usar muito
pode não funcionar, então use o dia anterior de tomá-la com sabedoria e esperem os anticoncepcionais ficarem prontos. Os olhos de Marília  focaram no comprimido e logo
ela sorriu.

- Obrigada - Ela disse e Rafaela assentiu, se sente como se Marília já não estivesse ali.

A Loira saiu animada dali e voltou para o trailer de Maraisa, removendo somente a blusa grande. Estava frio para dormir só de cueca, então
permaneceu com sua calça de moletom e sua regata preta.

Seus olhos encontraram a figura delicada e doce dormindo na casa e um suspiro involuntário saiu dos seus lábios. Ela colocou a pílula na gaveta de Maraisa e ergueu a coberta, se enfiando ali
vagarosamente antes de abraçar o corpo a sua frente e inalar seu perfume.

- Onde esteve? - Maraisa murmurou ainda de olhos fechados e com a voz sonolenta e o coração de Marília se derreteu outra vez - Demorou.

- Dor de barriga forte. Não sentiu o cheiro? - Marília disse e Maraisa negou, se virando para ela e
afundando seu rosto nos seios da Loira.

- Graças ao bom Deus não - Maraisa  murmurou e Marília riu.

- Estou brincando. Fui levar café para Rafaela - Os olhos castanhos se abriram

- Ela te ofendeu?

- Não, acho que estamos bem - Marília respondeu e Maraisa suspirou aliviada - Ela fez para você
uma pílula no dia seguinte.

- Fez? - Maraisa perguntou surpresa e Marília assentiu animada.

- Sim. Sabe o que significa? Que a cobra pode se esconder na toca - Maraisa riu e plantou um beijo no pescoço da loira

- Está tão ansiosa assim para perder a virgindade?

- Só porque é com você - Marília fidelidade baixo.

- Não transaremos agora. Estou com sono.

-  Eu sei, está frio, Maraisa. O meninão se esconde e não gosta de sair da casinha.

- Então, me abraça e durma, amor.

Amor. Amor. A-M-0-R

- Acho que estou tendo uma parada cardíaca,pode checar? - Marília disse e Maraisa abriu os olhos preocupada - Ouviu como me chamou?

- Na verdade não. - E, de fato, era verdade. Ela disse sonolenta e sequer havia se dado conta.

- Você me chamou de amor com a"' de AAAAAAAAAAAAAAAAA - Maraisa riu alto e abraçou
fortemente Marília.

- Adoro as risadas que me tira o tempo todo - Maraisa murmurou e depositou um beijo nos lábios de Marília.

- Não faço por querer, mas que bom que gosta.

- Agora durma.

- Se eu te chamar de amor você também terá uma parada cardíaca?

- Acho que ficarei bem com isso - Maraisa falou contra a pele de Marília e a Loira sorriu.

- Então Boa noite, amor - Marília disse e Maraisa sorriu, sentido seu peito inflar antes de sentir o sono voltar a dar as caras

O último pênis ( Malila )Onde histórias criam vida. Descubra agora