Capítulo 57 - Penúltimo

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- Ele é tão pequeno. -- Marília disse extasiada.bSeus olhos focavam na criança deitada sobre sua cama de casal. Era o primeiro dia que seu filho estava na casa delas. -- E tão lindo.

- Sim, estou apaixonada, Marília. -- Maraisa disse e Marília sorriu para seu filho, que chorava ao sentir Marília remover sua fralda.

Ele tinha os cabelos castanhos, porém ainda não sabiama cor dos olhos, ele nunca abria os mesmos. Sua pele era branquinha igual a de
Marília, porém o nariz era exatamente igual o de Maraisa, embora ele fosse muito pequeno ainda para saber.

-- Abre os olhinhos para as mamãe, minha vida.

- Não precisa esconder-se de nós. -- Maraisa pediu e Marília suspirou embasbacada. Não sabia com
quem se encantava mais: Com Maraisa falando com a voz carregada de ternura ou com seu filho.

- Você fez a mamãe não ser a única com um pênis no mundo, meu amor.

- Olha só essa coisinha. -- Marília disse, passando o dedo na pontinha do pênis de seu filho antes de rir alto. -- Ele está ficando bilauzudo, Maraisa.

-- Marília, cuidad... -- Maraisa não pôde terminar sua frase, afinal seu filho urinou, molhando Marília e a cama.

-- Ah, pênis desgraçados. Me odeiam, não é possível! -- Marília reclamou e Maraisa riu alto.

-- Vá se limpar, minha vida. Eu troco ele. -- Maraisa pediu e Marília assentiu, olhando para seu filho,
que agora ria ao ter ouvido a reação de Marília.

- Se sua risadinha não fosse tão gostosa de ouvir eu brigaria com você. -- Marília disse e então seu
filho abriu os olhos, fazendo Maraisa  e ela o fitarem apaixonadas. Seus olhos ainda eram acinzentados e Maraisa sorriu.

-- Ele terá os seus olhos. -- Maraisa disse sorrindo.

- Como sabe? Estão cinzas ainda, -- Marília disse.

- Cinza claro. Serão iguais os da mamãe safada. - Maraisa disse, se sentando sobre a cama e enchendo de beijos a barriguinha de seu filho.

-- Safado é o..

- Se você falar algum tipo de besteira perto do Leo eu juro que você vai ficar sem oque tem no meio de suas pernas. -- Maraisa disse a olhando
solenemente.

-- Mas ele ainda não entende. -- Marília disse se defendendo.

-- Mas quero que tenhamos respeito desde já para acostumarmos. -- Maraisa pediu e Marília assentiu.

Quinze minutos depois ela voltou, de banho tomado, encontrando seu filho já trocado e dormindo nos braços de Maraisa.

-- No documentário eu coloquei que meu pimpolho era o primeiro da geração do meninão. - De fato tinham feito um documentário sobre
Marília após descobrirem sobre sua condição e sobre ela ter sido a doadora do cromossomo faltante.

Jamais descobriram a causa de ela ter sobrevivido, mas não se importava em saber,havia ganhado milhões pela salvação não só da
espécie, senão de muitas outras, afinal começaram a implantar o cromossomo Y em animais também.

-- Não acredito que disse para o mundo que chama seu pênis de meninão, Marília. -- Maraisa disse baixinho, depositando um suave beijo em seu filho antes de colocá-lo no berço e sair do quarto, encostando a porta.

- Pois bem, coloquei. -- Marília disse, vendo Maraisa se sentar um pouco desconfortável. -- Deu
hemorróidas?

-- Pontos, Marília. Levei pontos. -- Maraisa disse e Marília assentiu.

-- Obrigada por ter me dado uma família. -- A maior sussurrou ao se abaixar ao lado de Maraisa.

-- Eu só falo bobagens e mesmo assim você me amou.

-- Eu te amei porque você tem um coração bom,as bobagens que você diz vieram na bagagem.

Maraisa disse sorrindo, sentindo Marília deitar sua cabeça sobre o colo de Maraisa.

- Isa, o que tinha naquele macarrão? -- Marília perguntou sentindo sua barriga roncar.

- Queijo e...

-- Vai feder, vai feder. Tampa o nariz. -- Marília saiu gritando, correndo para o banheiro.

- Voce está bem, amor? -- Maraisa  perguntou, se levantando e o silêncio predominou.

-- Alarme falso. -- Ela disse saindo do banheiro instantes depois. -- Era só um peidinho.

-- Você é nojenta. - Maraisa disse rindo e Marília se aproximou, abraçando ela fortemente.

- E você me ama.

-- Eu amo mesmo, muito. -- Maraisa disse e Marília sorriu.

- Eu também te amo. -- Ela respondeu antes de selar os lábios de sua esposa. - São quarenta dias de resguardo?

-- Sim. -- Maraisa disse, colocando um adorável bico em seus lábios.

- O meninão vai sofrer muito, mas a gente pode providenciar algumas tortas de chocolate.

-- Você não vai me trair com tortas, Marília. -- Maraisa disse rindo e Marília a olhou. -- Nem com
almofadas.

- Eu estava brincando. -- Marília disse sorrindo. -- Mas uma chupada de vez em quando eu vou ganhar, não vou?

- Se você for boazinha, sim. -- Maraisa disse e Marília sorriu.

- Tive um sonho estranho essa madrugada.

- Lá vem você...-- Maraisa disse suspirando.

- O meninão usava uma camisa verde estampada e óculos de sol engquanto tirava férias no Havaí.

-- Não acredito que imaginei isso. -- Maraisa disse rindo e Marília sorriu satisfeita.

-- Se alguém lesse uma história nossa terminaria ela um pouco mais desparafusado do que o normal. -- Marília disse rindo e Maraisa assentiu,deitando sua cabeça sobre o peito de Marília.

- A culpaé desse pinto com vida própria. -- Maraisa disse suspirando ao inalar o perfume de sua esposa.

-- Não se preocupe, cada batida do coração dele é dedicada a você.

- E eu fico feliz por isso. Ganhei amor um dose dupla. -- Maraisa murmurou e Marília sorriu.

- Em dose tripla. -- Marília disse sorrindo ao ouvir o choro estridente de seu filho.

Maraisa se afastou para ir até o quarto e Marília sorriu encantada. Após tantos anos fugindo,finalmente tinha uma família, uma lar e muito
amor.

Para ela e para o primeiro pênis da nova geração.

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  Esse é o penúltimo capítulo e eu quero aproveitar para agradecer a todos os votos e comentários de vocês me divertir bastante lendo eles. E a fic está sendo finalizada em primeiro lugar em Malila.

O último pênis ( Malila )Onde histórias criam vida. Descubra agora