2 Dias antes do baile.Só mais hoje e logo eu poderei descansar, fazer vários nadas da minha vida na minha casa sem me importar com nada, merda, me esqueci do baile. Meus planos teriam que ser adiados, para o dia seguinte do baile.
Atravesso a rua correndo. Logo hoje o carro decidiu quebrar, o taxista para facilitar a minha vida parou no outro lado da avenida e me atrasei ainda mais. Corro como se minha vida dependesse disso, de certa forma dependia, elevador ou escada? Elevador! Subir vários lances de escadas correndo não era uma opção, e mesmo se eu a fizesse, eu chegaria no último andar com um ataque cardíaco e como uma louca pra não me atrasar ainda mais do que eu estava.
Quando a porta do elevador apitam se abrindo, sinto a cor se esvaindo de mim.
Ele me olhava.
Christopher Walker me olhava, seu semblante não era dos melhores, sua mandíbula estava apertada e sua expressão estava fechada. Antes que as portas do elevador se fechem consigo fazer minhas pernas darem alguns passos pra frente e sair dele. Meus passos eram trêmulos, eu sabia que teria que enfrentar a fera e minhas eram a prova disso.
-S-Senhor...
-Senhorita Jones está atrasada - olha o Rolex em seu pulso - em 10 minutos.
-Senhor, me desculpa, eu...
-Eu não quero suas desculpas - apenas abaixo a minha cabeça e escuto.
Por mais que não fosse culpa minha eu estava errada, deveria arcar com as consequências, e as consequências era ouvir ele me dar um esporro na frente de todos do andar da presidência, já que ele só esperou eu sair do elevador para começar a falar.
De cabeça abaixada escuto tudo, meu coração parecia que ia sair pela boca, meu corpo tremia a cada palavra que escutava, quanto mais aquela tortura iria continuar?
Sentia meu corpo ficar mole aos poucos, sua voz ficando distante, eu iria cair e nada iria impedir.
-Christ... - tento chamar seu nome, mais é invão.
Forço minha boca a borbulhar ao menos um pedido de socorro, mais o que saiu de novo foi o seu nome. Ele continua a brigar comigo, pensava que eu chamava seu nome para tentar me justificar, mais na verdade era um pedido de ajuda. Tendo mais uma vez e dessa vez eu consigo borbulhar um pedido de ajuda.
-Me ajuda - digo em forma de sussurro.
Minhas vistas vão ficando turvas, o homem que antes gritava na minha frente vai virando apenas um borrão.
Minhas pernas ficaram fracas, moles, logo eu cairia, então elas falharam, se não fosse por braços fortes me segurando eu teria caído no chão.
Antes que eu desmaiasse, consigo focar nos olhos de quem era aqueles braços fortes, era ele, era Christopher Walker!
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Vivendo em Meses
RomanceAmélia Jones nunca teve uma vida fácil, mais quando descobre que tem uma doença sem cura e poucos meses de vida ela surta. Tomada pelo surto e pelo choque, ela decide jogar tudo pro ar e ir viver tudo que ela nunca viveu em toda a sua vida nos últim...