Capítulo 13

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Saiu da sala de cinema duvidando até da minha própria sombra

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Saiu da sala de cinema duvidando até da minha própria sombra.

Jogo o lixo nos lugares certos, livrando minhas mãos.

O medo me fez comer mais do que eu deveria.

O filme foi demasiado assustador. Não sei como não morri de um ataque do coração adiantando meu tempo entre os vivos.

Andava por aquele shopping me amaldiçoando.

Respira e inspira, Amélia...

Pense pelo lado bom, talvez aquele bicho venha te fazer companhia a noite, você anda tão solitária — penso.

Para de pensar nisso, Amélia! Falar ou pensar atrai — briguei comigo mesma em pensamentos.

Me esforço para parar de pensar no filme, penso em coisas boas, como a comida que eu iria comer a pouco.

Me divertir o restante da tarde. Era incrível como você podia se divertir sozinho sem precisar da companhia de ninguém.

Chego em casa exausta, cabeceando de cansaço. Tomo um banho rápido, arrumo minha roupa para amanhã e adormeço.

Amanhã será um grande dia...

Acorda no dia seguinte com o despertador tocando. Levanto meio cambaleante ainda do sono em direção chuveiro.

Tomo meu banho cantando no chuveiro, espantando sono e trazendo o bom humor porque hoje merecia. Hoje era o dia que eu iria embora daquela empresa pra sempre, nunca mais colocaria meus pés lá.

Me arrumo de um jeito que eles não me reconheçam, até eu não me reconheci quando me olhei no espelho.

Pego minhas coisas e saio em direção ao inferno, quer dizer, trabalho.

Fui me preparando, com certeza ele iria brigar comigo por causa do meu sumiço de sexta. Mas não era só por isso, era por causa da noite que tivemos juntos.

Eu não sabia como meu corpo iria reagir ao ver ele e isso me preocupava, ou também se ele iria me reconhecer depois de tudo que passamos.

Se ele não se lembrar de mim, eu não ficaria triste, na verdade ficaria feliz.

Eu fui um caso de uma noite pra ele e ele foi pra mim o mesmo. Não precisamos trocar nomes (por mais que eu soubesse o seu).

Dirigindo pelas ruas de Chicago, penso que poderia processar ele e a empresa dele por danos morais. Mas desisto dessa ideia, não vou passar o tempo que me resta indo a um júri para lembrar de tudo que me aconteceu naquela empresa.

Estaciono meu carro e vou em direção a empresa.

Ainda bem que meu carro ficou pronto ontem no final da tarde. O mecânico disse que por ele ser um carro de segunda mão era normal acontecer o que aconteceu. Me tranquilizou que não quebraria por agora, bom, pelo prazo que ele passou de garantia.

Vivendo em MesesOnde histórias criam vida. Descubra agora